Piglia na Flip
"Folha - Em seus ensaios, você reflete muito sobre a literatura argentina, sobretudo sobre o século 19. Qual o legado daquele período à literatura argentina e internacional?
Piglia - O século 19 foi o século das grandes utopias, enquanto o século 20 tratou de convertê-las em realidade. E ainda estamos pagando as conseqüências. No que diz respeito à literatura, o século 19 é o século do romance, grandes artistas como Dickens ou Tolstói, foram escritores muito populares. Depois o romance como gênero perdeu seu público e o relato social migrou para o cinema. Não foi, como se costuma dizer, pelo fato de os romancistas começarem a escrever romances experimentais que o romance perdeu seu público. Mas, justamente porque o romance perdeu seu público, é que foram possíveis obras como as de Joyce, Kafka ou Proust. De todos os modos, sempre temos a nostalgia dessa época em que grandes livros eram lidos por todos os lados."
Entrevista de Ricardo Piglia na Folha, que confirma sua aparição por aqui em agosto na FLIP. Não gosto desses eventos, mas taí um escritor que gostaria de ver. Clique aqui para ler a entrevista completa.
Piglia - O século 19 foi o século das grandes utopias, enquanto o século 20 tratou de convertê-las em realidade. E ainda estamos pagando as conseqüências. No que diz respeito à literatura, o século 19 é o século do romance, grandes artistas como Dickens ou Tolstói, foram escritores muito populares. Depois o romance como gênero perdeu seu público e o relato social migrou para o cinema. Não foi, como se costuma dizer, pelo fato de os romancistas começarem a escrever romances experimentais que o romance perdeu seu público. Mas, justamente porque o romance perdeu seu público, é que foram possíveis obras como as de Joyce, Kafka ou Proust. De todos os modos, sempre temos a nostalgia dessa época em que grandes livros eram lidos por todos os lados."
Entrevista de Ricardo Piglia na Folha, que confirma sua aparição por aqui em agosto na FLIP. Não gosto desses eventos, mas taí um escritor que gostaria de ver. Clique aqui para ler a entrevista completa.
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