Literatura Infanto-Juvenil
Tentei procurar na minha mente qual foi o primeiro livro que li na minha vida. Não sei ao certo, mas acho que foi uma coleção que possuía em casa, com histórias famosas como "João e o Pé de Feijão", "O Gato de Botas", "Branca de Neve e os Sete Anões", dentre outras. Eu era um dos raros garotos da minha sala que freqüentavam a Biblioteca Pública assiduamente e, acreditem!, por vontade própria. Li Carlos Drummond pela primeira vez com uns doze anos de idade. Além dele, li uma infinidade de bons escritores, como Fernando Sabino, Stanislaw Ponte Preta, Orígenes Lessa, Lygia Fagundes Telles, dentre outros. Mas dos vários livros que li, os que mais me marcaram (ao contrário de muitos que indicariam Monteiro Lobato ou "Polyana") foram "O Gênio do Crime" e os livros de Marcos Rey, que saíram pela coleção Vagalume, da editora Ática.
João Carlos Marinho escreveu o que eu chamaria de "o" clássico da literatura infanto-juvenil. Se você tem um filho entre 9 à 14 anos faça um favor para ele e presentei-o com esse livro magnífico. O livro, se não estou enganado, foi escrito em 1969 e não conheço nenhum jovem que o tenha lido e tenha se esquecido. A capacidade que o autor tem de despertar a paixão pela literatura é incrível. O enredo é dos mais deliciosos para uma criança: uma quadrilha está falsificando figurinhas de jogadores de futebol e cabe ao gordo e sua turma descobrir os responsáveis. O meu encontro com a obra foi por puro acaso. Apanhei-o na estante, folhei-o, comecei a ler as primeiras páginas e não conseguia mais parar. A linguagem utilizada é bem fácil e o modo como a história é conduzida faz com que o jovem devore todas as páginas de um só vez. João Carlos Marinho foi o primeiro escritor brilhante que li. Digo brilhante porque nunca antes havia imaginado que a leitura pudesse proporcionar tanto prazer quanto o prazer que eu senti ao ler aquele livro. De lá para cá foram poucos os que causaram esta mesma sensação, apesar dos vários livros que li desde então.
A Coleção Vagalume, para quem não conhece, foi um marco da literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Até hoje várias escolas por todo Brasil apontam obras dessa coleção para serem lidas durante o ano letivo. Boa parte dos brasileiros teve o primeiro contato com a literatura através de histórias como "Coração de Onça" e as aventuras bandeirantes de Ofélia e Narbal Fontes, "Menino de Asas" e "Cabra das Rocas", de Homero Homem, "A Ilha Perdida" e "Éramos Seis", de Maria José Dupré, além de Lúcia Machado de Almeida, com "O Caso da Borboleta Atíria", "O Escaravelho do Diabo", "Spharion" e a série com as aventuras de Xisto. Mas, para mim, são de Marcos Rey os melhores livros da coleção. "O Mistério do Cinco Estrelas", "O Rapto do Garoto Dourado" e "Um Cadáver Ouve Rádio" são livros que também estão em minha mente até hoje. São deliciosos e representam o que há de melhor em literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Marcos Rey conseguia como poucos prender minha atenção da primeira à última página de um livro. Assim como João Carlos Marinho, ele também conseguiu me mostrar quão maravilhoso pode ser o hábito da leitura.
É difícil imaginar como podem os pais de hoje gastarem dinheiro com Harry Potter para seus filhos com tantos livros excelentes como esses. Os fãs da série podem defendê-lo por vários fatores, mas um ponto é óbvio de ser notado: os livros da série são gigantescos para uma criança que não tem o hábito de ler "pegar gosto pela coisa". Quanto a esses livros citados anteriormente, são leves, fáceis de serem "devorados", além de possuírem histórias que permanecem fixas na imaginação por muito tempo. Hoje, sinto orgulho de poder citar tais livros junto com minhas melhores lembranças da infância.
João Carlos Marinho escreveu o que eu chamaria de "o" clássico da literatura infanto-juvenil. Se você tem um filho entre 9 à 14 anos faça um favor para ele e presentei-o com esse livro magnífico. O livro, se não estou enganado, foi escrito em 1969 e não conheço nenhum jovem que o tenha lido e tenha se esquecido. A capacidade que o autor tem de despertar a paixão pela literatura é incrível. O enredo é dos mais deliciosos para uma criança: uma quadrilha está falsificando figurinhas de jogadores de futebol e cabe ao gordo e sua turma descobrir os responsáveis. O meu encontro com a obra foi por puro acaso. Apanhei-o na estante, folhei-o, comecei a ler as primeiras páginas e não conseguia mais parar. A linguagem utilizada é bem fácil e o modo como a história é conduzida faz com que o jovem devore todas as páginas de um só vez. João Carlos Marinho foi o primeiro escritor brilhante que li. Digo brilhante porque nunca antes havia imaginado que a leitura pudesse proporcionar tanto prazer quanto o prazer que eu senti ao ler aquele livro. De lá para cá foram poucos os que causaram esta mesma sensação, apesar dos vários livros que li desde então.
A Coleção Vagalume, para quem não conhece, foi um marco da literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Até hoje várias escolas por todo Brasil apontam obras dessa coleção para serem lidas durante o ano letivo. Boa parte dos brasileiros teve o primeiro contato com a literatura através de histórias como "Coração de Onça" e as aventuras bandeirantes de Ofélia e Narbal Fontes, "Menino de Asas" e "Cabra das Rocas", de Homero Homem, "A Ilha Perdida" e "Éramos Seis", de Maria José Dupré, além de Lúcia Machado de Almeida, com "O Caso da Borboleta Atíria", "O Escaravelho do Diabo", "Spharion" e a série com as aventuras de Xisto. Mas, para mim, são de Marcos Rey os melhores livros da coleção. "O Mistério do Cinco Estrelas", "O Rapto do Garoto Dourado" e "Um Cadáver Ouve Rádio" são livros que também estão em minha mente até hoje. São deliciosos e representam o que há de melhor em literatura infanto-juvenil aqui no Brasil. Marcos Rey conseguia como poucos prender minha atenção da primeira à última página de um livro. Assim como João Carlos Marinho, ele também conseguiu me mostrar quão maravilhoso pode ser o hábito da leitura.
É difícil imaginar como podem os pais de hoje gastarem dinheiro com Harry Potter para seus filhos com tantos livros excelentes como esses. Os fãs da série podem defendê-lo por vários fatores, mas um ponto é óbvio de ser notado: os livros da série são gigantescos para uma criança que não tem o hábito de ler "pegar gosto pela coisa". Quanto a esses livros citados anteriormente, são leves, fáceis de serem "devorados", além de possuírem histórias que permanecem fixas na imaginação por muito tempo. Hoje, sinto orgulho de poder citar tais livros junto com minhas melhores lembranças da infância.
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