Não é Isso Tudo Que Dizem
A "Cosac & Naify" é a mais nova badalação dos leitores. Todos elogiam suas obras. O catálogo da editora já conta com obras e autores diversos, de excelente qualidade. As capas dos livros são atraentes e chamam bastante atenção. Isso tudo além de alguns projetos mais ousados, como a edição de "Primeiro Amor" de Samuel Beckett, num formato que parece um envelope e o conteúdo uma carta.
Pois bem, tudo parecia ótimo até que eu resolvi adquirir "Auto-de-fé" do Elias Canetti. Para começar a capa não me agradou, parece até que a obra se refere a vida de algum zen budista, ou aos pensamentos de algum tibetano. Isso em si não seria problema algum, mas é que dá a impressão que a editora quer passar a perna em algum amante de Gêngis Khan ou pegar algum seguidor da moda esotérica. Enfim, faz o livro parecer outro livro, destoando seu tema.
Contra isso a editora ou a pessoa responsável pela capa pode argumentar de várias maneiras, mas uma coisa não tem explicação: o número absurdo de erros no texto. Comecei lendo, catei um ou outro e fui avançando, mas quando a coisa começou a me incomodar de verdade, apanhei meu lápis e fui marcando. Até onde eu li, a média é de um para cada vinte páginas. Podem falar o que quiserem, mas nunca um livro pode atingir essa média. Principalmente pelo preço de um "Cosac & Naify". Pois bem, com as anotações em mãos, fui até o site da editora para informar-lhes e o e-mail não funcionou. Desisti.
Não sei ao certo o que houve. A tradução do romance já havia sido feita anteriormente por Herbert Caro e publicada pela "Nova Fronteira". Creio, portanto, que esta é a mesma ou sofreu apenas alguma revisão. Não vejo o porquê de tantos erros. O único trabalho de editora com o texto, seria a revisão adequada, que parece ter sido feita às pressas.
A lição que ela deveria aprender disso é que nada pode ser colocado à frente do texto. A capa pode ser bem trabalhada e nós leitores estamos cada vez mais escolhendo o livro pela capa, mas sempre haverá um ou outro insatisfeito com o trabalho. Isso é normal e não afasta clientes de um novo lançamento (a não ser que todas as capas da editora sejam realmente horríveis). Agora um texto ruim afasta o leitor. Passa uma má impressão de desleixo para com a obra. Já que o produto primário de uma editora são os textos, dar essa impressão é um perigo. Faz parecer que a editora não é isso tudo que dizem.
Pois bem, tudo parecia ótimo até que eu resolvi adquirir "Auto-de-fé" do Elias Canetti. Para começar a capa não me agradou, parece até que a obra se refere a vida de algum zen budista, ou aos pensamentos de algum tibetano. Isso em si não seria problema algum, mas é que dá a impressão que a editora quer passar a perna em algum amante de Gêngis Khan ou pegar algum seguidor da moda esotérica. Enfim, faz o livro parecer outro livro, destoando seu tema.
Contra isso a editora ou a pessoa responsável pela capa pode argumentar de várias maneiras, mas uma coisa não tem explicação: o número absurdo de erros no texto. Comecei lendo, catei um ou outro e fui avançando, mas quando a coisa começou a me incomodar de verdade, apanhei meu lápis e fui marcando. Até onde eu li, a média é de um para cada vinte páginas. Podem falar o que quiserem, mas nunca um livro pode atingir essa média. Principalmente pelo preço de um "Cosac & Naify". Pois bem, com as anotações em mãos, fui até o site da editora para informar-lhes e o e-mail não funcionou. Desisti.
Não sei ao certo o que houve. A tradução do romance já havia sido feita anteriormente por Herbert Caro e publicada pela "Nova Fronteira". Creio, portanto, que esta é a mesma ou sofreu apenas alguma revisão. Não vejo o porquê de tantos erros. O único trabalho de editora com o texto, seria a revisão adequada, que parece ter sido feita às pressas.
A lição que ela deveria aprender disso é que nada pode ser colocado à frente do texto. A capa pode ser bem trabalhada e nós leitores estamos cada vez mais escolhendo o livro pela capa, mas sempre haverá um ou outro insatisfeito com o trabalho. Isso é normal e não afasta clientes de um novo lançamento (a não ser que todas as capas da editora sejam realmente horríveis). Agora um texto ruim afasta o leitor. Passa uma má impressão de desleixo para com a obra. Já que o produto primário de uma editora são os textos, dar essa impressão é um perigo. Faz parecer que a editora não é isso tudo que dizem.
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