Venda Casada
Já postei aqui a dica sobre o Pulsão Negativa do Nemo Nox, com o objetivo de comentar o livro "Bartleby e Companhia" de Enrique Vila-Matas. Não conheço ainda o autor e já estava procurando lê-lo e o blog do Nemo Nox me deu um incentivo ainda maior. Só tem um problema: a obra de Enrique Vila-Matas é no esquema venda casada. Você até pode tirar algum proveito do livro, mas seria muito mais interessante se você lesse antes "Bartleby, O Escriturário" de Herman Melville. Como eu ainda não li o Bartleby de Melville, o trabalho dobra e já que a agenda está apertada, cria-se uma desculpa para deixar a leitura para mais tarde.
Em outra ocasião ocorreu algo semelhante. Estava com "A Morte de Virgilio" de Hermann Broch para ler, mas não havia lido a "Eneida" de Virgilio. Sabia que perderia muitas das referências, mas por diversas razões não queria ler a "Eneida". Resolvi fazer a leitura do livro de Hermann Broch e de vez em quando folheava a "Eneida" para compensar a minha falta de conhecimento. No fim da primeira parte do livro de Broch resolvi parar, pois senti que boa parte da obra envolvia um conhecimento prévio do personagem principal e sua obra-prima. Poderia continuar e ir até o fim, mas aí o livro era outro. Infelizmente até hoje não li a "Eneida" e, portanto, até hoje o livro continua me esperando.
Notem que o caso não era de que existem elementos imprescindíveis numa obra que me impedem de compreender a outra. A linguagem poética utilizada em "A Morte de Virgilio" é impressionante para qualquer leitor, mesmo para os que não conhecem a "Eneida". No entanto, grande parte da 'graça' ao ler a obra está em relacionar ficção e realidade. A história de ficção dos últimos dias do poeta Virgilio e sua visão sobre sua obra-prima a "Eneida", misturando trechos da obra com a história. Se você não sabe que esses elementos estão misturados, você vê apenas um lado, apenas parte do que a obra quer mostrar.
O assunto do livro "Bartleby e Companhia" parece muito interessante. O autor Enrique Vila-Matas, segundo comentários que ouvi, parece ser talentoso. Mas, lê-lo sem antes ler o livro do Melville é concordar em perder parte do sentido da obra.
Em outra ocasião ocorreu algo semelhante. Estava com "A Morte de Virgilio" de Hermann Broch para ler, mas não havia lido a "Eneida" de Virgilio. Sabia que perderia muitas das referências, mas por diversas razões não queria ler a "Eneida". Resolvi fazer a leitura do livro de Hermann Broch e de vez em quando folheava a "Eneida" para compensar a minha falta de conhecimento. No fim da primeira parte do livro de Broch resolvi parar, pois senti que boa parte da obra envolvia um conhecimento prévio do personagem principal e sua obra-prima. Poderia continuar e ir até o fim, mas aí o livro era outro. Infelizmente até hoje não li a "Eneida" e, portanto, até hoje o livro continua me esperando.
Notem que o caso não era de que existem elementos imprescindíveis numa obra que me impedem de compreender a outra. A linguagem poética utilizada em "A Morte de Virgilio" é impressionante para qualquer leitor, mesmo para os que não conhecem a "Eneida". No entanto, grande parte da 'graça' ao ler a obra está em relacionar ficção e realidade. A história de ficção dos últimos dias do poeta Virgilio e sua visão sobre sua obra-prima a "Eneida", misturando trechos da obra com a história. Se você não sabe que esses elementos estão misturados, você vê apenas um lado, apenas parte do que a obra quer mostrar.
O assunto do livro "Bartleby e Companhia" parece muito interessante. O autor Enrique Vila-Matas, segundo comentários que ouvi, parece ser talentoso. Mas, lê-lo sem antes ler o livro do Melville é concordar em perder parte do sentido da obra.
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