Ainda Sobre Literatura Hoje
O Barbão do Caderno de Escritura citou um ponto interessante:
A voz do regionalismo e do início do urbanismo (que dominou quase todo o século XX) foi substituída por arremedos de literatura beat dos anos 60.
Gostaria de ampliar o comentário com a seguinte afirmativa: o problema da literatura brasileira é que seus escritores quase sempre acham necessário ter alguma importância política ou social. Misturam arte com um troço qualquer indeterminado, cheio de "compromissos". Com essa mentalidade exclusiva, a literatura míngua. Num texto muito interessante o Alexandre cita que o escritor pode até ter lá suas convicções políticas, mas a mistura dessas convicções com a arte não produz algo bom.
Abaixo coloco também um outro ponto de vista bem pertinente levantado por Ítalo Moriconi, num texto com o título "Literatura hoje: crise terminal ou crise de transição?":
Apesar das rupturas ideológicas que separam, de maneira geralmente bastante superficial, os protagonistas de nossa vida intelectual e literária na etapa posterior a 1930, joga-se sobre os ombros de todos indistintamente a responsabilidade de prover a nação de uma literatura, passível de ser adotada como cânone pelas instituições pedagógicas sustentadas pelo Estado e capaz de inserir-se num circuito internacional de qualidade. Na equação uspiana, existe uma correlação entre formação literária individual, formação de um sistema literário autônomo, formação da nação enquanto entidade dotada de identidade cultural erudita própria (erudição calcada no conhecimento e filtragem do popular, dentro de um paradigma que é romântico e modernista).
" Cada escritor se vê diante da circunstância de ter que criar seu próprio projeto individual (...)"
"(...) o mercado editorial, e não mais o Estado, torna-se o referencial fundamental (...)"
O texto completo pode ser lido aqui
A voz do regionalismo e do início do urbanismo (que dominou quase todo o século XX) foi substituída por arremedos de literatura beat dos anos 60.
Gostaria de ampliar o comentário com a seguinte afirmativa: o problema da literatura brasileira é que seus escritores quase sempre acham necessário ter alguma importância política ou social. Misturam arte com um troço qualquer indeterminado, cheio de "compromissos". Com essa mentalidade exclusiva, a literatura míngua. Num texto muito interessante o Alexandre cita que o escritor pode até ter lá suas convicções políticas, mas a mistura dessas convicções com a arte não produz algo bom.
Abaixo coloco também um outro ponto de vista bem pertinente levantado por Ítalo Moriconi, num texto com o título "Literatura hoje: crise terminal ou crise de transição?":
Apesar das rupturas ideológicas que separam, de maneira geralmente bastante superficial, os protagonistas de nossa vida intelectual e literária na etapa posterior a 1930, joga-se sobre os ombros de todos indistintamente a responsabilidade de prover a nação de uma literatura, passível de ser adotada como cânone pelas instituições pedagógicas sustentadas pelo Estado e capaz de inserir-se num circuito internacional de qualidade. Na equação uspiana, existe uma correlação entre formação literária individual, formação de um sistema literário autônomo, formação da nação enquanto entidade dotada de identidade cultural erudita própria (erudição calcada no conhecimento e filtragem do popular, dentro de um paradigma que é romântico e modernista).
" Cada escritor se vê diante da circunstância de ter que criar seu próprio projeto individual (...)"
"(...) o mercado editorial, e não mais o Estado, torna-se o referencial fundamental (...)"
O texto completo pode ser lido aqui
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