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16 maio 2005

Incentivos

"A partir de agora, a edição do livro no país passa a receber do BNDES tratamento de “setor prioritário”. A exemplo do que ocorreu no ano passado para o cinema, editoras e livrarias vão poder obter diretamente no banco empréstimos a partir de R$ 1 milhão e não mais com um mínimo de R$ 10 milhões (só uma editora no Brasil tinha potencial para um empréstimo dessa soma). Além disso, as taxas de juros nas linhas especiais são menores e os prazos de pagamento mais flexíveis. O financiamento também poderá ser usado para o adiantamento de direitos autorais. O setor vai ainda ter acesso ao Cartão BNDES para financiar, em até R$ 100 mil, a compra de insumos, como papel, ou de novas instalações e infra-estrutura — por exemplo, a construção de livrarias.

O coordenador Nacional do Livro e Leitura, Galeno Amorim, acredita que, depois da desoneração fiscal anunciada no fim de 2004 (a produção de livros no Brasil tornou-se totalmente isenta de impostos), estas medidas são importantes para que, a médio prazo, o preço do livro seja mais acessível ao bolso do brasileiro. A rentabilidade das empresas, diz ele, já começou a melhorar."


Parece piada, mas essa reportagem saiu em "O Globo". Ou seja, aproveitaram a Bienal para fazer lobby e ganhar 'incentivos'. Querem apostar que tudo isso só servirá para deixar o mercado ainda pior? Ou alguém aí ainda sonha que alguma pequena editora independente vai receber qualquer ajuda?
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