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Três textos excelentes, desses que a gente imprime e guarda na nossa gaveta de favoritos:
"Sei que soa antipático e bastante pedante dizer isso, mas a covardia não é algo que eu cultive, então, vamos lá: o leitor é, em geral, bastante idiota. Mesmo os mais esclarecidos dentre eles. Há uma tendência, em nosso tempo, de seguir uma moda. Por conseqüência, os gostos se parecem tanto quanto os maus-gostos. Tudo é padronizado e planificado. Dificilmente o leitor foge da opinião mais comum. Aliás, a própria idéia do leitor como uma entidade digna de defesa é monstruosa em sua concepção, porque nivela a todos de acordo com parâmetros discutíveis do que é leitura aceitável ou não."
Leia "A culpa dos leitores" no site do Paulo Polzonoff.
Sobre a biografia de Truman Capote, o Rafael Lima diz:
"Sobraram uma ou duas histórias realmente interessantes, como quando ele ganha várias quedas de braço seguidas de Humphrey Bogart durante as filmagens de Beat the Devil, ou quando clama ter levado para a cama o escritor existencialista Camus, notório mulherengo, mas a impressão é de que foi pouco para as 400 páginas."
O texto completo está aqui.
E Julio Daio Borges conta-nos suas impressões ao ler Guimarães Rosa:
"Foi no início de 2002, logo depois do ano novo. Eu estava na praia, e nem sei se fazia tempo ruim ou bom, só sei que me embrenhei no Grande Sertão. Minha primeira reação foi xingar todos aqueles que haviam superestimado as dificuldades apresentadas pela linguagem: a linguagem era difícil, sim, mas não era impossível! Depois de algumas páginas, ela adquiria uma lógica própria, e você se pegava raciocinando que nem o Riobaldo, no seu célebre monólogo. Tanto que fui ler outra coisa, naquela mesma época, e, quando encarei um texto em ordem direta, parecia que estava tudo de cabeça pra baixo. Como um óculos – que os físicos dizem que existe – que “desinverte” as imagens projetadas, de cabeça pra baixo, na sua retina, e que, quando você tira, – de tão acostumado que o cérebro está – inverte o mundo todo. Depois de mergulhar no Riobaldo, não adianta, seu português é outro. Eis um dos grandes mistérios do Guimarães Rosa. Como ele conseguiu produzir esse efeito? E como ele (o efeito) foi reproduzido nas traduções?"
Leia "Minha história com Guimarães Rosa" clicando aqui.
Não precisam me agradecer.
"Sei que soa antipático e bastante pedante dizer isso, mas a covardia não é algo que eu cultive, então, vamos lá: o leitor é, em geral, bastante idiota. Mesmo os mais esclarecidos dentre eles. Há uma tendência, em nosso tempo, de seguir uma moda. Por conseqüência, os gostos se parecem tanto quanto os maus-gostos. Tudo é padronizado e planificado. Dificilmente o leitor foge da opinião mais comum. Aliás, a própria idéia do leitor como uma entidade digna de defesa é monstruosa em sua concepção, porque nivela a todos de acordo com parâmetros discutíveis do que é leitura aceitável ou não."
Leia "A culpa dos leitores" no site do Paulo Polzonoff.
Sobre a biografia de Truman Capote, o Rafael Lima diz:
"Sobraram uma ou duas histórias realmente interessantes, como quando ele ganha várias quedas de braço seguidas de Humphrey Bogart durante as filmagens de Beat the Devil, ou quando clama ter levado para a cama o escritor existencialista Camus, notório mulherengo, mas a impressão é de que foi pouco para as 400 páginas."
O texto completo está aqui.
E Julio Daio Borges conta-nos suas impressões ao ler Guimarães Rosa:
"Foi no início de 2002, logo depois do ano novo. Eu estava na praia, e nem sei se fazia tempo ruim ou bom, só sei que me embrenhei no Grande Sertão. Minha primeira reação foi xingar todos aqueles que haviam superestimado as dificuldades apresentadas pela linguagem: a linguagem era difícil, sim, mas não era impossível! Depois de algumas páginas, ela adquiria uma lógica própria, e você se pegava raciocinando que nem o Riobaldo, no seu célebre monólogo. Tanto que fui ler outra coisa, naquela mesma época, e, quando encarei um texto em ordem direta, parecia que estava tudo de cabeça pra baixo. Como um óculos – que os físicos dizem que existe – que “desinverte” as imagens projetadas, de cabeça pra baixo, na sua retina, e que, quando você tira, – de tão acostumado que o cérebro está – inverte o mundo todo. Depois de mergulhar no Riobaldo, não adianta, seu português é outro. Eis um dos grandes mistérios do Guimarães Rosa. Como ele conseguiu produzir esse efeito? E como ele (o efeito) foi reproduzido nas traduções?"
Leia "Minha história com Guimarães Rosa" clicando aqui.
Não precisam me agradecer.
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