Os Melhores Livros de 2007
Melhores de 2007
Eis que chegamos ao fim de 2007 e como manda a tradição, é hora de fazer um balanço e relembrar o que foi destaque:
1 - Traduções
A rapidez com que algumas traduções chegaram ao país, revelando uma qualidade cada vez maior de nossas editoras, foi o grande destaque do ano. Apesar disso, o inevitável resultado é abrir mão de uma revisão mais cuidadosa das traduções. Com isso, o desafio para o próximo ano talvez será encontrar o equilíbrio adequado entre a necessidade de rapidez nas traduções e o quanto do processo pode ser eliminado sem que haja queda na qualidade dos textos. Certamente ninguém sente saudades do tempo em que os grandes lançamentos internacionais demoravam cinco anos ou mais para chegar traduzidos às mãos dos leitores, no entanto, é razoável que o leitor continue esperando que uma tradução seja reconhecida por sua capacidade de transmitir adequadamente o texto original. Esse foi o ano em que essa relação entre tempo e qualidade aproximou-se muito do ideal e pode ser que melhore ainda mais no próximo ano.
2 - Editoras
Por causa desse profissionalismo em relação aos lançamentos e traduções, creio que inevitavelmente o destaque vai para as grandes editoras. Em especial A Companhia das Letras e a Objetiva/Alfaguara deram um banho com um catálogo de lançamentos que praticamente monopolizou os destaques da mídia durante todo o ano. Pela Companhia das Letras, tivemos "Casa de Encontros" de Martin Amis, "Homem Lento" de J. M. Coetzee, "Homem Comum" de Philip Roth, "Na Praia" de Ian McEwan, além de "Homem em Queda" de Don deLillo. Pela Alfaguara, "Eu Hei-de Amar uma Pedra" de António Lobo Antunes, "A Estrada" de Cormac McCarthy e, claro, "As Benevolentes" de Jonathan Littel. Embora pouco comentados, outros bons lançamentos foram disponibilizados aos leitores como "A Fortaleza da Solidão" de Jonathan Lethem e "Os Pichicegos" de Fogwill.
3 - Relançamentos
As novas edições de bons livros também não deixaram nada a desejar. O relançamento das obras de João Cabral de Melo Neto pela Alfaguara são indispensáveis. Na prosa, o terceiro volume de "Em Busca do Tempo Perdido", da editora Globo, com excelentes notas e textos analíticos da obra, além da bela capa, confirmam o excelente trabalho já visto nos dois primeiros volumes.
4 - Literatura Brasileira
Parece que o ano de 2006 foi melhor que o de 2007 para a literatura brasileira. Poucos livros foram destacados, em especial dois: no primeiro semestre "O Sol se Põe em São Paulo" de Bernardo Carvalho e no segundo "O Filho Eterno" de Cristóvão Tezza. Entre os novos autores "Lugares que Não Conheço, Pesoas que Nunca Vi" de Cecília Gianetti e "O Dia Mastroianni" de João Paulo Cuenca. O que não significa que foi um ano de estagnação. O projeto Amores Expressos promete uma enxurrada de lançamentos nacionais e não será difícil termos boas surpresas entre esses.
5 - Mídia
A internet em 2007 firmou-se como o espaço privilegiado para discussões sobre literatura e, consequentemente, para divulgação das obras. Infelizmente tivemos o fim do site No Mínimo com seus bons textos, e além dele, agora no fim do ano, a revista EntreLivros anunciou seu fim. Mas, a Copa de Literatura Brasileira repercutiu bem, fazendo com que leitores e autores pudessem encontrar um intercâmbio de opiniões bem positivo para todos.
Eis que chegamos ao fim de 2007 e como manda a tradição, é hora de fazer um balanço e relembrar o que foi destaque:
1 - Traduções
A rapidez com que algumas traduções chegaram ao país, revelando uma qualidade cada vez maior de nossas editoras, foi o grande destaque do ano. Apesar disso, o inevitável resultado é abrir mão de uma revisão mais cuidadosa das traduções. Com isso, o desafio para o próximo ano talvez será encontrar o equilíbrio adequado entre a necessidade de rapidez nas traduções e o quanto do processo pode ser eliminado sem que haja queda na qualidade dos textos. Certamente ninguém sente saudades do tempo em que os grandes lançamentos internacionais demoravam cinco anos ou mais para chegar traduzidos às mãos dos leitores, no entanto, é razoável que o leitor continue esperando que uma tradução seja reconhecida por sua capacidade de transmitir adequadamente o texto original. Esse foi o ano em que essa relação entre tempo e qualidade aproximou-se muito do ideal e pode ser que melhore ainda mais no próximo ano.
2 - Editoras
Por causa desse profissionalismo em relação aos lançamentos e traduções, creio que inevitavelmente o destaque vai para as grandes editoras. Em especial A Companhia das Letras e a Objetiva/Alfaguara deram um banho com um catálogo de lançamentos que praticamente monopolizou os destaques da mídia durante todo o ano. Pela Companhia das Letras, tivemos "Casa de Encontros" de Martin Amis, "Homem Lento" de J. M. Coetzee, "Homem Comum" de Philip Roth, "Na Praia" de Ian McEwan, além de "Homem em Queda" de Don deLillo. Pela Alfaguara, "Eu Hei-de Amar uma Pedra" de António Lobo Antunes, "A Estrada" de Cormac McCarthy e, claro, "As Benevolentes" de Jonathan Littel. Embora pouco comentados, outros bons lançamentos foram disponibilizados aos leitores como "A Fortaleza da Solidão" de Jonathan Lethem e "Os Pichicegos" de Fogwill.
3 - Relançamentos
As novas edições de bons livros também não deixaram nada a desejar. O relançamento das obras de João Cabral de Melo Neto pela Alfaguara são indispensáveis. Na prosa, o terceiro volume de "Em Busca do Tempo Perdido", da editora Globo, com excelentes notas e textos analíticos da obra, além da bela capa, confirmam o excelente trabalho já visto nos dois primeiros volumes.
4 - Literatura Brasileira
Parece que o ano de 2006 foi melhor que o de 2007 para a literatura brasileira. Poucos livros foram destacados, em especial dois: no primeiro semestre "O Sol se Põe em São Paulo" de Bernardo Carvalho e no segundo "O Filho Eterno" de Cristóvão Tezza. Entre os novos autores "Lugares que Não Conheço, Pesoas que Nunca Vi" de Cecília Gianetti e "O Dia Mastroianni" de João Paulo Cuenca. O que não significa que foi um ano de estagnação. O projeto Amores Expressos promete uma enxurrada de lançamentos nacionais e não será difícil termos boas surpresas entre esses.
5 - Mídia
A internet em 2007 firmou-se como o espaço privilegiado para discussões sobre literatura e, consequentemente, para divulgação das obras. Infelizmente tivemos o fim do site No Mínimo com seus bons textos, e além dele, agora no fim do ano, a revista EntreLivros anunciou seu fim. Mas, a Copa de Literatura Brasileira repercutiu bem, fazendo com que leitores e autores pudessem encontrar um intercâmbio de opiniões bem positivo para todos.
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