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26 abril 2007

Blog do Projeto Amores Expressos

Os escritores que participam do projeto "Amores Expressos" já estão em seus destinos e dão notícias através de um blog. Os posts sobre Xangai estão ótimos. Confira clicando aqui.

Uma pena que o blog não permita comentários, mas a 'discussão' dos internautas brasileiros provou que a medida é bastante razoável.

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17 abril 2007

Rápidas Impressões - Eça de Queirós

Quanto mais leio Eça de Queirós, mais gosto de Machado de Assis.

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16 abril 2007

As Peças da Máquina

(ATENÇÃO: se não desejar saber os segredos contidos nos livros, favor NÃO LER o texto abaixo)

É interessante perceber como uma mesma característica em dois romances diferentes pode ser o ponto forte em um e o ponto fraco noutro. Refiro-me aos livros "As Correções" de Jonathan Franzen e "Bem-vindo ao Clube" de Jonathan Coe. O que caracteriza ambos os romances é que um leitor com um pouco de experiência logo consegue reconhecer as peças da máquina, ou seja, em que estrutura ambos os romances foram montados. É preciso reconhecer, que apesar disso, há um mérito em ambos: os autores escancararem os recursos literários que utilizam, mas isso é feito com qualidade. Ambos mostram bastante competência e coragem ao escrever dum modo convencional e conseguem prender o leitor. Mas então qual o problema? Passarei a analisar a estrutura em que o enredo é montado em ambas as obras.

O excelente "As Correções" de Franzen possui uma fórmula tradicional que move toda a narrativa. Tal qual num seriado como "Lost", por exemplo, o livro de Franzen traz uma história sendo contada no presente - o conflito entre duas gerações da família Lambert, com pais e filhos cada vez mais incomunicáveis - e em cada capítulo a micro história de um dos membros da família é apresentada em forma de flash-back. Em cada capítulo montamos uma parte do quebra-cabeças, fazendo com que o conflito que foi apresentado no presente fique mais e mais intrincado, até que todos os personagens se tornam como que vivos, fazendo o leitor sentir grande empatia por cada um deles, como se fossem nossos conhecidos. O flash-back, que poderia incomodar alguns, mal é percebido, tamanho o talento do escritor em misturar as histórias. Nunca temos aquela sensação terrível de que um livro foi abandonado e outro começou - ao contrário de alguns livros que utilizam o recurso e que são parecidos com aquele amigo chato que começa uma piada sem concluir a outra, deixando-nos curiosos. Franzen é magistral no modo como conduz a história, no ritmo como ela é contada e na capacidade de esconder detalhes para causar mais impacto quando são apresentados (o exemplo mais claro disso é quando Denise descobre que seu pai pediu demissão por sua causa). Daí, quando todas as histórias individuais são contadas, o autor, mais uma vez de modo muito competente, acelera a narrativa para que o livro acabe rápido, afinal aquilo que queria explorar, já foi explorado. O leitor termina o livro satisfeito e o autor consegue atingir seu objetivo. Enfim, o leitor sabe que foi manipulado e enxerga como, mas não está nem aí.


Como o livro de Franzen, "Bem-vindo ao Clube" de Coe é um livro estruturado de um modo tradicional, apesar do uso de vários modos de narrar (jornais, páginas de diários, cartas). Há uma pequena introdução, em que dos personagens que desconhecemos começam um diálogo e daí começam a contar a história de seus pais. Depois que se encerra a introdução, um narrador impessoal começa a contar a história de um grupo de amigos, cujo título do capítulo - que depois perceberemos será um título importante - é "A Gatinha e o Cabeludo". O cenário é bastante interessante: a Inglaterra pré-Thatcher, com sindicatos e patrões em guerra e o IRA em plena atividade. O núcleo da história é o garoto Benjamin Trotter e o autor vai apresentando os personagens que estão à sua volta. Inclusive sua irmã, a gatinha do título da primeira parte, uma personagem sem grande importância, até que ela começa a namorar um cabeludo. O tal cabeludo passa a influenciar Benjamin, de modo mais evidente em suas escolhas musicais, mas isso é claro é apenas a fachada. A sutileza da primeira parte é subitamente cortada na cena final, quando o cabeludo leva sua namorada até um bar para pedi-la em casamento e uma bomba explode, numa das descrições mais perturbadoras de um atentado terrorista. Até este ponto, o livro é genial, perfeito. Daí vem a segunda parte e tudo cai por terra.


Na segunda parte, intitulada "O Próprio Abismo da Perdição", o autor estranhamente acaba com todas as nossas sensações perturbadoras que produziu quando faz com que a irmã de Benjamin reapareça, contrariando a lógica. E pior: num determinado momento, introduz um diário em que ela escreve algumas impressões que não têm qualquer utilidade. A personagem, completamente desnecessária aquela altura, fica tentando aparecer para justificar sua sobrevivência. Os conflitos que Benjamin possui, enfraquecem-se, tornam-se quase um pastiche. Afinal de contas, uma coisa é o personagem perder sua irmã num atentado e outra é ter uma irmã traumatizada por causa dum atentado. A irmã de Benjamin, apesar de perder o noivo por causa de uma bomba num bar, não é uma personagem em quem acreditamos. Parece simplesmente não haver conflitos suficientes na sua montagem, uma personagem completamente rasa. Em resumo, todo o esforço que o autor fez para registrar impressões duradouras na primeira parte, é destruído por uma segunda parte ruim. O leitor fica embasbacado com a manipulação que é feita na primeira parte, reconhecendo o talento do autor, e depois se irrita com as peripécias na segunda - que em muitos casos não tem utilidade alguma para esclarecer a trama. Para tornar tudo ainda pior, no fim, o autor não esclarece as indagações que veio plantando durante a história, indicando que a resposta está num outro romance dele, chamado "O Círculo Fechado", como naqueles estúpidos "Continua no próximo capítulo..." que tanto nos irrita.

Ponto primário que todo autor deveria reconhecer: se você não vai fazer um esforço para esconder a fórmula que utilizou no seu romance, não subestime a inteligência do leitor. Seja honesto e utilize as fórmulas para enriquecer o enredo e não o contrário. Afinal ninguém que olha o motor de um fusca imagina que é um motor de uma BMW apenas porque o vendedor assim o diz. Se você vai mostrar as peças da máquina, que as apresente sem disfarçá-las.

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15 abril 2007

Os Leitores na Ficção

Ao contrário do que alguns ainda possam pensar, não se faz um livro sem leitores. Pessoas que compram livros com objetivo apenas decorativo, na verdade não compram livros. O livro, neste caso, perdeu sua característica principal e torna-se um maço encadernado de papéis sujos de tinta, capaz de produzir fruição ao sentido da visão. O modo como a sujeira que ele contém estará organizada pouco importa ao seu dono, afinal, isso nunca será levado em conta. Somente quando o enunciado produzido por seu autor convergir com a decodificação feita pelo leitor é que o objeto passa a não ser mais objeto e torna-se livro. Dado o importante papel do leitor nesse processo de transformação, o que ocorre quando a ficção resolve se apropriar disso e transformar o leitor em mais um de seus personagens?

O exemplo mais lembrado dessa apropriação feita pela ficção talvez seja o personagem de Cervantes, que de leitor dos instigantes livros de cavalaria passa a se reconhecer como um corajoso cavaleiro capaz de se aventurar em realizações grandiosas. Nasce assim o Cavaleiro da Triste Figura, ou Dom Quixote, como lemos na capa do livro. Os resultados dessa substituição da pessoa real pelo personagem ficcional é cômico: enquanto leitor, o senhor de La Mancha é eficiente em seguir os enredos ficcionais, mas como personagem ficcional agindo sobre a realidade, o cavaleiro transforma-se numa figura cômica. Isso se dá porque somente ele se transporta para a ficção, as pessoas e as coisas se recusam a fazê-lo. Os moinhos, são vistos como personagens ficcionais pelo cavaleiro, mas continuam moinhos. Não seguem o enredo da ficção das cavalarias.


Talvez também, a personagem feminina que mais se assemelha ao leitor que se tornou Quixote seja a senhora Bovary de Flaubert. A leitora de Flaubert fez surgir até o termo bovarysmo, que se refere ao leitor que passa a não distinguir mais a fronteira que separa realidade e ficção. Madame Bovary é uma leitora voraz, que vê o amor idealizado através dos livros e passa a imaginá-lo como real, mudando seu comportamento em função das paixões que pensa serem genuínas paixões de romances. Em certo trecho, lemos a sua idealização num diálogo com Rodolfo:
"- Você me ama?
- Mas é claro que a amo! - respondia ele.
- Muito?
- Com certeza!
- Você não amou outras, não é?
- Acha que me conheceu virgem?! - exclamava ele, rindo"


O amor idealizado, um amor que existirá apenas entre duas metades que se fundem perfeitamente, contido nos romances que Madame Bovary lê, passa a ser o amor que ela imagina existir, transformando seu amante num personagem da ficção que, tardiamente, ela descobrirá não existir na vida real. Tal qual no Quixote, aqui também as pessoas se recusarão ser inseridas num enredo de ficção.

Que dizer do autor? Como se sabe, todo autor é também um leitor. Sendo assim, quem melhor que Fernando Pessoa para nos levar até o autor/leitor ficcional? O heterônimo Ricardo Reis, o poeta clássico fictício de Fernando Pessoa, é também leitor e admirador de outro heterônimo, Alberto Caeiro. Na "Poesia Completa" de Caeiro, lemos o prefácio escrito por Ricardo Reis, que dum modo magnífico e obscuro relaciona um 'evento' da vida de Caeiro à sua poesia:
"A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nele de que narrar. Seus poemas são o que viveu. Em tudo mais não houve incidentes, nem há história. O mesmo breve episódio, improfícuo e absurdo, que deu origem aos [oito] poemas de O Pastor Amoroso, não foi um incidente, senão, por assim dizer, um esquecimento."


A curiosidade levantada pela menção faz o leitor buscar as páginas iniciais dos poemas de "O Pastor Amoroso" e encontrar, no final do primeiro poema, os belos versos:
"Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Só me arrependo de outrora te não ter amado."


A curiosa relação de vida e obra no caso de Pessoa faz lembrar o leitor que se torna também pesquisador e quer encontrar não somente a mensagem do texto, tal qual publicada, mas também a sua gênese. Daí, busca pistas em tudo que encontra disponível sobre o autor - cartas pessoais que o mercado editorial publicou após sua morte, biografias lançadas por renomados estudiosos, trechos incompletos de livros não publicados e assim por diante. O leitor literário passa então a ler a vida do autor de maneira também literária e por vezes se pega afirmando "ah sim! É isso!" pois imagina ter encontrado a desilusão amorosa que resultou na escrita do trecho que tão profundamente o tocou.

Por último, como não se lembrar do ávido leitor Jorge Luis Borges, um autor que se torna personagem em seus contos e que cita leituras de obras que nunca existiram? É dele a idéia mais aterrorizante para um leitor: a constituição da Babel, a biblioteca infinita, cujos labirínticos hexagonais contêm longas prateleiras cobertas de livros, cujos leitores percorrem-na em busca do Livro. Como nao se ver retratado, ao sentir a angustiante sensação de que por mais que percorramos nossas prateleiras, jamais saciaremos nossa fome de leitura, jamais encontraremos o Livro, tal como no conto de Borges?


O livro perdido é também tema de um outro conto de Borges, "Tlon, Uqbar, Orbis Tertius". O problema lá é que o livro já foi lido e não se consegue achá-lo. Não encontrando o objeto, não há livro? No nosso caso, quando vemos leitores terem opiniões tão desencontradas a respeito dum mesmo livro, não teriam eles sido vítimas também do livro ausente de Borges?

Certamente faltaria tempo para registrar todos os leitores que a ficção produziu. Que dirá então falar sobre todos os que dela derivaram algum prazer! A começar por cada anônimo, que num dia qualquer, se vê maravilhado com um mundo novo que lhe foi mostrado. Pelas janelas que se abrem através das páginas de um livro, ele se encontrou livre dos limites da realidade para habitar o belo mundo construído pelas letras.

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12 abril 2007

Morre o Escritor Kurt Vonnegut

Acabei de abrir o browser e a primeira coisa que leio é sobre a morte do escritor. Péssimo começo de dia.
Na Folha:
"Kurt Vonnegut morreu em Nova York em conseqüência de complicações nas lesões cerebrais provocadas por uma queda há várias semanas, explicou um amigo do autor, Morgan Entrekin."

No New York Times:
" Like Mark Twain, Mr. Vonnegut used humor to tackle the basic questions of human existence: Why are we in this world? Is there a presiding figure to make sense of all this, a god who in the end, despite making people suffer, wishes them well?

He also shared with Twain a profound pessimism. “Mark Twain,” Mr. Vonnegut wrote in his 1991 book, “Fates Worse Than Death: An Autobiographical Collage,” “finally stopped laughing at his own agony and that of those around him. He denounced life on this planet as a crock. He died.”

Not all Mr. Vonnegut’s themes were metaphysical. With a blend of vernacular writing, science fiction, jokes and philosophy, he also wrote about the banalities of consumer culture, for example, or the destruction of the environment
"

UPDATE

Na página do Vonnegut, uma bela imagem.

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09 abril 2007

7 Mulheres

Seguindo os posts do Polzonoff, do João Phillipe e do Alex Castro, publico as 'minhas' mulheres literárias. Apaixonado mesmo, só pela primeira, as outras eu apenas 'ficaria'. Para justificar, vai um trecho sobre cada uma delas:

1 - Charlotte Rittenmeyer - "Palmeiras Selvagens"

"Trabalho com barro, ou com bronze, e uma vez com um pedaço de pedra, cinzel e marreta. Sinta. - Ela pegou na mão dele e fez com que esfregasse as pontas dos dedos na palma de sua outra mão - a larga, direta, forte mão, de dedos finos com unhas cortadas tão rentes como se ela as tivesse roído, a cutícula e as juntas dos dedos não exatamente calosas mas suavemente endurecidas e resistentes como a pelo de um calcanhar. - É o que faço: algo que se possa tocar, pegar, algo que pese na mão e se possa olhar pelo lado de trás, que desloque o ar e desloque a água e quando se deixa cair seja seu pé que se quebre e não o objeto."

2 - Mme. Chauchat - "A Montanha Mágica"

"Era uma senhora que atravessava a sala, ou melhor, uma moça, de estatura média, vestida de pulôver branco e saia a fantasia, com cabelos ruivos, que ela usava numa trança enrolada em volta da cabeça... Andava sem fazer ruído, o que formava um contraste estranho com a sua entrada barulhenta; caminhando de um modo singularmente furtivo, com a cabeça levemente avançada..."

3 - Luzia - "O Continente", tomo 2

"E, sem compreender como, Bolívar odiou a noiva. Odiou-a por tudo quanto sentia por ela, odiou-a porque ela era bela, rica e inteligente. E odiou-a principalmente por causa de seus caprichos de mocinha mimada. Ele lhe pedira, lhe suplicara quase, que transferisse a festa do noivado para outro dia qualquer, a fim de que a cerimônia não coincidisse com a hora do enforcamento de Severino. Luzia batera o pé: "Não, não e não!""

4 - Sahrazad - "O Livro das Mil e uma Noites"

"Sahrazad, a mais velha, tinha lido livros de compilações, de sabedoria e de medicina; decorara poesias e consultara as crônicas históricas; conhecia tanto os dizeres de toda gente como as palavras dos sábios e dos reis. Conhecedora das coisas, inteligente, sábia e cultivada, tinha lido e entendido... Ela respondeu [a seu pai]: "Eu gostaria que você me casasse com o rei Sahriyar. Ou me converto em um motivo para a salvação das pessoas ou morro e me acabo, tornando-me igual a quem morreu e acabou""

5 - Albertine - "Em Busca do Tempo Perdido"

"Certos dias, delgada, pálida, aborrecida, uma transparência violeta a descer-lhe obliquamente ao fundos dos olhos, como algumas vezes se vê no mar, ela parecia estar sentindo uma tristeza de exilada. Noutros dias, sua face, mais polida, envisgava os desejos de sua superfície envernizada e os impedia de passar além, a não ser que de súbito eu a visse de lado, pois suas faces foscas como uma branca cera na superfície eram róseas por transparência, o que dava tanta vontade de as beijar, de tocar aquela tez diferente que se furtava."

6 - Molly Bloom - "Ulisses"

"...sim quando eu punha a rosa em minha cabeleira como as garotas andaluzas costumavam ou devo usar uma vermelha sim e como ele me beijou contra a muralha mourisca e eu pensei tão bem a ele como a outro e então eu pedi a ele com os meus olhos para pedir de novo sim e então ele me pediu quereria eu sim dizer sim minha flor da montanha e primeiro eu pus os meus braços em torno dele sim e eu puxei ele pra baixo pra mim para ele poder sentir meus peitos todos perfume sim o coração dele batia como louco e sim eu disse sim eu quero Sims."

7 - Genoveva - do conto "Noite de Almirante"

"- Pode crer que pensei muito e muito em você. Sinhá Inácia que lhe diga se não chorei muito... Mas o coração mudou... Mudou... Conto-lhe tudo isto, como se estivesse diante do padre, concluiu sorrindo.

Não sorria de escárnio. A expressão das palavras é que era uma mescla de candura e cinismo, de insolência e simplicidade, que desisto de definir melhor. Creio até que insolência e cinismo são mal aplicados. Genoveva não se defendia de um erro ou de um perjúrio; não se defendia de nada; faltava-lhe o padrão moral das ações. O que dizia, em resumo, é que era melhor não ter mudado, dava-se bem com a afeição do Deolindo, a prova é que quis fugir com ele; mas, uma vez que o mascate venceu o marujo, a razão era do mascate, e cumpria declará-lo. Que vos parece? O pobre marujo citava o juramento de despedida, como uma obrigação eterna, diante da qual consentira em não fugir e embarcar: "Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte". Se embarcou, foi porque ela lhe jurou isso. Com essas palavras é que andou, viajou, esperou e tornou; foram elas que lhe deram a força de viver. Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte...

- Pois, sim, Deolindo, era verdade. Quando jurei, era verdade. Tanto era verdade que eu queria fugir com você para o sertão. Só Deus sabe se era verdade! Mas vieram outras coisas... Veio este moço e eu comecei a gostar dele...

- Mas a gente jura é para isso mesmo; é para não gostar de mais ninguém..."
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