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30 julho 2007

O Amor no Livro de António Lobo Antunes

O amor idealizado é um tema que marca a tradição literária portuguesa desde a lírica trovadoresca, com as antigas cantigas de amor entoadas a musas inalcançáveis, até os principais autores portugueses contemporâneos como Antonio Lobo Antunes. São os ecos dessa tradição que dão título ao lançamento do escritor, o romance Eu Hei-de Amar uma Pedra, um verso de um antigo cancioneiro português. A ligação da tradição portuguesa feita no título realça o trabalho ousado de Lobo Antunes ao renovar a literatura portuguesa e mundial, mesmo ao falar mais uma vez da impossibilidade de certas relações amorosas, um tema recorrente, mas que pelas mãos do escritor conseguimos perceber novos detalhes. Apoiado no passado, a obra é poeticamente construída e marca o leitor com um texto montado a partir de estilhaços da memória.


Antonio Lobo Antunes é um exímio escritor que cada vez mais se tem destacado não somente pelos prêmios literários acumulados, mas principalmente por uma obra que apresenta uma produção consistente, que se recusa a propor facilidades ao leitor. Numa de suas crônicas, reunida em seu Segundo Livro de Crónicas e ironicamente intitulada Receita para me lerem, o escritor diz que suas obras são compostas "apenas por largos círculos concêntricos que se estreitam e aparentemente nos sufocam. E sufocam-nos aparentemente para melhor respirarmos." Tal sufocamento, apesar do hermetismo que inicialmente se apresenta ao leitor, produz o que o autor diz ser um "contágio por uma doença" que faz o leitor "convalescer após a última página".

As obras do escritor se caracterizam por essa tentativa de contagiar o leitor, sendo bem-sucedido em maior ou menor grau, equilibrando suas expectativas e as expectativas de um leitor mais exigente. Na sua primeira fase, a trilogia Memória de Elefante, Os Cus de Judas e Conhecimento do Inferno, os livros são quase uma catarse, com o tema da guerra na África sendo atravessado pela linguagem (Lobo Antunes serviu como médico militar na guerra de Angola durante quase três anos), dum modo que chama a atenção do leitor mas cujo 'contágio' parece ainda reticente. Daí, em Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, há ainda uma preocupação em exibir seu domínio da linguagem e o resultado é um livro excessivamente hermético, onde o leitor quer se deixar 'contagiar', mas muitas vezes é afastado. Sendo assim, é possível dizer que Eu Hei-de Amar uma Pedra é mais bem-sucedido em atingir esse objetivo, um livro que conseguiu equilibrar sua maneira de evocar o passado à bela linguagem, apresentando dificuldades, mas não de maneira gratuita, resultando no reconhecimento do leitor e produzindo enfim seu 'contágio'.

Na primeira parte, o narrador introduz o leitor na história através da descrição de fotografias, onde cada detalhe serve para fazer com que o passado venha à tona e seja invadido por vozes que tentam recompô-lo. Uma voz masculina apresenta ao leitor sua infância, sua participação como soldado em Guiné-Bissau, seu casamento, suas filhas e um amor da juventude interrompido pela internação da mulher num sanatório em Coimbra. No entanto, resumir a história somente a esses fatos pode dar uma idéia errônea do romance, já que é na linguagem utilizada que a recordação do passado se transforma em algo tão sublime. À medida que a leitura avança, o leitor percebe que há uma circularidade em sua narrativa. Como rodas dentadas de um relógio, onde cada dente representa um personagem, a narrativa dá voltas, apresentando em cada volta estilhaços da história, que aproximam alguns personagens, mas que no momento seguinte são afastados por um novo estilhaço. Lobo Antunes consegue fazer com que primeiro sintamos a beleza da linguagem para depois compreendermos o significado da narrativa. Ou seja, enquanto os autores ruins procuram esconder sua incapacidade de cuidar da linguagem através de uma história que chama atenção do leitor, o escritor faz justamente o contrário: realça o domínio que tem da linguagem bela e poética, fazendo com que a história sempre permaneça em segundo plano. Um recurso ousado que somente os grandes escritores podem se dar ao luxo de utilizar.

Um outro recurso que contribui para embaralhar o entendimento do leitor sobre a história é o de mudar o ponto de vista narrativo em meio aos acontecimentos narrados. Por exemplo, em determinado trecho a narração é feita por um personagem masculino e subitamente percebemos que uma mulher assume o relato, fazendo com que o leitor pare e reordene a compreensão que tinha da história até ali, tentando discernir que fatos se referem a um personagem e que fatos se referem ao outro.

No entanto, a maior dificuldade desse romance surge quando uma voz de narrador consciente aparece misturando tudo e colocando em xeque todo o entendimento que possuíamos. Apesar de tudo ser ficção, geralmente, quando nos são apresentados personagens, cada um possuindo um passado e com um ponto de vista, construímos em nosso imaginário aquele mundo descrito. Mas daí vem o narrador consciente de seu papel e diz: "Não se empolgue, isso é apenas uma história de ficção que procura dominar suas emoções!" Por exemplo, na página 127 do romance, a voz masculina solta a frase:
"(ou sou eu que imagino ou é o António Lobo Antunes julgando que devo imaginar a fim de que o romance melhore)"
Há, portanto, um narrador que se reconhece como um narrador de ficção. Avançando, novamente encontramos a figura tecendo comentários sobre detalhes da história contada até ali:
"ia dizer abanando a cabeça mas não caio num lugar-comum tão grosseiro, a queixar-se em silêncio, de cabeça bem firme, da ingratidão da filha, não da Alemanha
(que teimosia)
que desgaste para mim obrigarem-me a repetir que na Bélgica, que esforço idiota, e não em Bruxelas nem em Bruges
(tão pouco caio nessa)
em Gand, que isso contaram ao alfaiate
(com a história de lhe terem contado resolvo a questão)"


Passamos então a conhecer não somente os detalhes da história, mas também os embates que o narrador passa a encontrar para narrá-la da melhor forma. A circularidade, portanto, que víamos na história passa a penetrar até mesmo no conceito que possuíamos do texto que estava sendo lido. Antes era um texto de ficção, agora passa a ser uma ficção sobre o que é escrever um texto de ficção, inserindo mais uma camada de dúvidas e questões literárias. Tantas questões e tantos recursos fazem com que o leitor passe pelas mais de quinhentas páginas do livro sem perder o interesse, pelo contrário, ao chegar à última página a vontade é de recomeçar a leitura para apanhar os detalhes que não foram percebidos. Sensações que se misturam, assim como a história, resultando num livro delicado e complexo, leve, porém, marcante. Para o leitor que ainda não conhece a obra, o convite para se contagiar está dado.

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28 julho 2007

Fim de Férias

Estarei de volta na segunda. Apesar de deixar o blog parado, o mês foi de muitas leituras excelentes e pretendo falar de cada uma delas. Os próximos dias prometem: vem aí a Copa de Literatura Brasileira! O Lucas explica direitinho como será este novo prêmio, leia aqui. Quanto a mim, tenho grande orgulho de compor o júri com tantos bons leitores. A lista dos jurados e dos livros que concorrerão ao prêmio:

Francisco José Viegas
Paulo Polzonoff
Jonas Lopes
Leandro Oliveira
Rafael Rodrigues
Bruno Garschagen
Marco Polli
Olivia Maia
Renata Miloni
Antônio Marcos Pereira
André Gazola
Eduardo Carvalho
Doutor Plausível
Jefferson

As sementes de Flowerville, de Sérgio Rodrigues
Bóris e Dóris, de Luiz Vilela
Corpo estranho, de Adriana Lunardi
Leda, de Roberto Pompeu de Toledo
Mãos de cavalo, de Daniel Galera
Memorial de Buenos Aires, de Antonio Fernando Borges
Música perdida, de Luiz Antônio de Assis Brasil
O adiantado da hora, de Carlos Heitor Cony
O movimento pendular, de Alberto Mussa
O paraíso é bem bacana, de André Sant'Anna
O que contei a Zveiter sobre sexo, de Flávio Braga
O segundo tempo, de Michel Laub
Os vendilhões do templo, de Moacyr Scliar
Pelo fundo da agulha, de Antônio Torres
Por que sou gorda, mamãe?, de Cíntia Moscovich
Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

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09 julho 2007

Texto na Revista Malagueta

A convite da Renata Miloni, publiquei um texto inédito na revista eletrônica Malagueta. A revista, além de visualmente linda, traz excelentes textos para todos os gostos: contos, poemas, crônicas, artigos, resenhas e minicontos. Meu texto lá tem o título "A investigação ficcional e o leitor em sua atividade de leitura". Examinando alguns romances cujo mote é a investigação podemos enxergar uma metáfora ao leitor em sua atividade e é disso que o texto fala. Notem que é um texto maior e com um tom diferente do usado aqui, mas creio que apesar disso não é de modo algum cansativo. Clique aqui, conheça a Malagueta e leia o meu texto.

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06 julho 2007

Nova Tradução de Ulisses

"Grande notícia para os joyceanos deste Brasil varonil: daqui a cinco anos, em 2012, a Ateliê editorial vai lançar a tradução de Ulisses feita pelo professor de lingüística histórica na Universidade Federal do Paraná e tradutor Caetano Waldrigues Galindo, segundo ele me confirmou hoje."

Bruno Garschagen anuncia com exclusividade. Aliás, o blog dele já virou o mais favorito dos favoritos.

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Morre o escritor José Agrippino de Paula

Morreu de infarto ontem, o escritor José Agrippino de Paula, o autor de "PanAmérica", um marco da vanguarda, e "Lugar Público".

Leia a notícia no Estadão clicando aqui.

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04 julho 2007

Literatura Independente no Brasil

Recentemente estive numa palestra com o escritor Marçal Aquino. Em meio as histórias básicas do escritor e seu ofício, o assunto veio à tona: dinheiro. O escritor falou o que todo mundo já sabe, que é muito difícil viver de literatura por aqui. Aliás, é quase unanimidade você ir a uma palestra e o escritor dizer que não dá para se viver de literatura nesse país. Faça a conta você mesmo: o escritor recebe 10% do preço de capa de três em três meses. Se você acompanha o mercado editorial brasileiro, você sabe que atualmente as grandes editoras estão lançando livros com preços entre 30 e 40 reais. Um autor iniciante de sucesso vende 2000 exemplares de sua obra. Não digo 2000 num mês, digo vende 2000 e pronto. Uma tiragem.

Uma outra fonte de renda seriam os prêmios literários que, novamente, aqui nesse país, são quase inexistentes. O Jabuti, o prêmio mais importante do país, até pouco tempo atrás não tinha condições de pagar a passagem para o ganhador receber o prêmio. Sobra o Portugal Telecom, que infelizmente, nesse ano, mudou as regras e os autores brasileiros concorreram com autores estrangeiros de língua portuguesa. Nesse ano, por exemplo, acho pouco provável que o primeiro vencedor seja um brasileiro.

Há alguma saída? Bolsas? Existem, mas também são poucas. A Vitae, que entre seus bolsistas estão nomes importantes da literatura nacional como Milton Hatoum, João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho, Rubens Figueiredo, Luiz Ruffato e Michel Laub, não existe mais.

Normalmente o que ocorre é uma divisão entre atividades: paralelo à atividade literária, o escritor procura atividades que poderão render o suficiente para pagar as contas. Jornalismo é a primeira opção. Outras atividades mais próximas ao ofício também ajudam, como traduções, projetos de antologias, etc. Não muito raro também é encontrar alguns no ofício do magistério. Por último, participação em eventos e palestras. Ou seja, para que você possa ler aquele maravilhoso romance contemporâneo, o autor teve que gastar muito tempo suando a camisa em atividades que dão dinheiro. Esse é o retrato da literatura contemporânea no Brasil.

Bom, se você começou a ler esse texto com aquela idéia romântica de que o escritor que publica em uma grande editora é um escritor bem-sucedido financeiramente e agora está chocado com a realidade, uma notícia ainda pior: esses escritores representam o melhor caso. Por trás de todos esses escritores que têm seus nomes impressos ao lado do logotipo da editora dos seus sonhos, está uma fila de outros que não chegaram lá ainda. Claro que muitos desses que sonham um dia ser um escritor entrevistado pelo Jô, são péssimos, não dá para ler uma linha do que escrevem. Porém, existem muitos bons escritores que não são publicados simplesmente porque não têm um agente que faça o serviço de divulgação do livro.

Por tudo isso, a discussão sobre literatura independente no Brasil é pertinente. O Júlio Daio Borges já falou sobre o assunto e agora, por ocasião do lançamento do novo livro de Luiz Biajoni, o assunto voltou. A Olivia, que publicou por uma grande editora, começou e o próprio Biajoni completa. A lógica é simples: se o serviço de divulgação de uma editora não dá mais tanto dinheiro quanto a divulgação feita pela internet, pra quê bater na porta delas? Por que não fazer você mesmo a divulgação, vender diretamente ao leitor, saber exatamente quantos exemplares de sua obra foram vendidos, enfim, obter o controle da sua obra?

Não sou tão entusiasta ao ponto de dizer que as editoras irão acabar, assim como a indústria fonográfica, mas creio que começa a surgir uma boa opção de descentralização do poder das grandes editoras. E, com isso, uma grande mudança no modelo que conhecemos poderá ocorrer nos próximos anos. O fato de alguns escritores que começaram na internet estarem agora sendo publicados por grandes editoras somente confirma isso. O grande problema que existia antes - como imprimir de forma barata em pequenas quantidades? -, parece já ter uma solução à vista. Resta esperarmos.

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A Visão Romântica do Escritor

"Não posso deixar de pensar que há algo de muito bobinho numa sociedade que trata seus escritores como darlings midiáticos, prontos para emitir opinião a três por quatro sobre a pauta do dia. Há uma inocência ignorante e satisfeita-consigo-mesma na atitude embevecida que é usada pelos grandes veículos ao lidar com poetas e escritores, uma iconolatria que não considera os méritos das obras, como se o simples fato de ser escritor tornasse alguém um anjo iluminado portador de verdades "profundas", o filistinismo cordial que faz pensar nas instituições estabelecidas na "sociedade de bem" que tentam assimilar o dissidente que o escritor em algum grau sempre é: Os "poetas laureados", os fardões das academias etc. Esse é sem dúvida um dos lados do fenômeno que Adrian Leverkuhn sinalizava no "Dr. Fausto" - de que numa sociedade realmente culta não se falaria tanto em Cultura."

Não preciso dizer mais nada, o texto do Elton é perfeito. Leia "O oba-oba enquanto instituição" clicando aqui.

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03 julho 2007

Saudades Literárias


Quando tinha cerca de vinte anos entrei numa livraria e comprei o primeiro volume de "O Tempo e o Vento". Não sei exatamente porque, apenas dizia a mim mesmo que precisa ler Erico Verissimo. Foram momentos grandemente prazerosos de leitura e toda vez que olho os volumes na estante, sinto uma nostalgia deliciosa. Um encaixe perfeito de bons tempos e uma maravilhosa leitura.


Trabalhava numa cidade distante cerca de 90 Km. Durante a viagem de ida, por ter que acordar bem cedo, geralmente aproveitava o tempo para dormir. Na volta à tarde, lia um pouco e dormia quando me sentia cansado. Com Thomas Mann a minha rotina foi destruída. Lia na ida e na volta e ainda sentia vontade de continuar a leitura no fim da viagem. Ainda me lembro da tradução via Google do diálogo em francês no meio da obra (uma tradução péssima, é verdade, mas que agora parece linda). O livro teve o poder de criar milhares de sinapses na minha cabeça e sentia vontade de falar dele o tempo todo.


Prestava vestibular para o curso de Letras da UFMG e lembro-me de esperar o início das provas com Canetti nas mãos. Fiquei deslumbrado com a perfeição que é este romance. O melhor meio que encontro para classificá-lo é dizer que se trata de um conto gigantesco - pois não há nada sobrando ali, tudo é essencial. Depois que iniciei o curso o livro ficou associado em minha memória a uma vitória pessoal.


Já havia lido "A Metamorfose" de Kafka e para mim não era nada demais. Tanto falavam de Kafka que me obriguei a comprar outro livro. Da primeira a última linha o autor me hipnotizou. A mistura de racionalidade e absurdo das situações evidenciavam para mim a genialidade do autor. Depois reli "A Metamorfose" e consegui ver coisas que não via antes.


Finalizava minha primeira graduação e achava as aulas péssimas (e de fato eram). A mais interessante - embora também ruim - era de Psicologia. Dentre os materiais disponibilizados por e-mail, certa vez a professora enviou um trecho do livro de Guimarães Rosa. Lembrei-me que anterior a este trecho, uma professora de Filosofia já havia citado a obra em sala. Não me lembro exatamente que trecho era, lembro-me apenas que o que li me impressionou de tal modo que no mesmo dia apanhei um exemplar na biblioteca e comecei a leitura.


Recém casado, minha esposa comprou o livro pois fora escolhido para um vestibular que ela iria prestar. Drummond foi o meu primeiro contato com a literatura adulta. Não me lembro bem, mas creio que tinha uns nove anos quando fui até a biblioteca pública de minha cidade e apanhei um livro qualquer dele emprestado. Quando li novamente Drummond essas memórias retornaram e fiquei pensando no menino que fui, um menino que, contrário à lógica do país, visitava semanalmente a biblioteca pública.


O último grande livro que li, a última obra-prima. Depois dele, li muito, claro. Li livros muito bons, livros que me prenderam, mas nenhum deles produziu a certeza de que estava lendo uma obra-prima como este livro de Coetzee. Dos livros que você acaba com a certeza de que irá levá-lo para o resto da vida e que um dia certamente irá relê-lo.

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02 julho 2007

Texto na Revista 3:AM

Fui gentilmente convidado a publicar um texto na revista eletrônica 3:AM Magazine Brasil. A revista, editada no Reino Unido, publicou excelentes textos de vários autores como Flávio Carneiro e Fabrício Carpinejar. O texto não é inédito, mas para quem não leu clique aqui e leia "Livros Dentro de Livros".

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A Internet e a Literatura Brasileira do Século XXI

"O leitor – mesmo o que não quiser se tornar escritor – pode acompanhar essa cena mais de perto agora. “Os sites assumiram o papel que as revistas literárias perderam”, pondera Polzonoff. E para aqueles que se preocupam com o “futuro escritor brasileiro”, Cecilia faz uma revelação. “É impossível viver de literatura no Brasil, mas é possível viver de sites literários.” Thaís Aragão cutuca a mídia. “O lado bom da internet é que você não precisa mais acompanhar pelos jornais.”"

Não, a pergunta não é mais aquela surrada "Blog é literatura?" e sim "Como a internet serve de suporte para novos autores?". Julio Daio Borges fala sobre isso no "Estadão". Uma das matérias mais interessantes que li sobre o tema, que aponta que a internet é um caminho sem volta. Não sei, mas acho que a primeira vez que leio num jornal essa afirmativa clara de que o jornalismo cultural perdeu seu espaço para a internet. Leia o texto "Internet renova a literatura do século 21" clicando aqui
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