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31 agosto 2005

Portugal Telecom - Os Dez Finalistas


Os Lados do Círculo, de Amilcar Bettega Barbosa


Arquitetura do arco-íris, de Cíntia Moscovich


O fotógrafo, de Cristóvão Tezza


Histórias Mirabolantes de Amores Clandestinos, de Edgard Telles Ribeiro


Sob o peso das sombras, de Francisco J. C. Dantas


O silêncio do delator, de José Nêumanne Pinto


Poemas rupestres, de Manoel de Barros


Longe da Água, de Michel Laub


Vista do rio, de Rodrigo Lacerda


O falso mentiroso, de Silviano Santiago

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Escritor Bernardo Carvalho é finalista do prêmio France Culture/Telerama

O autor concorre com o excelente "Nove Noites".

"Entre os dez finalistas, concorre outro escritor de língua portuguesa, António Lobo Antunes, português, com "Boa tarde às coisas aqui embaixo", lançado no Brasil pela Objetiva. Entre os franceses, com o livro "Le Pays", está Marie Darrieussecq, que veio ao Brasil este ano como convidada da Bienal do Livro."

Notícia do jornal "O Globo"

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Günter Grass escreve livro sobre seus anos de juventude

"O prêmio Nobel de Literatura 1999, Günter Grass, trabalha em uma autobiografia que abrangerá apenas seus anos de juventude, até 1959, quando o escritor alemão ficou famoso com o romance "O Tambor".

"Trata-se, por assim dizer, dos meus anos de juventude", explicou Grass em Lübeck (norte da Alemanha). "Não quero escrever sobre o autor que leva meu nome a partir do momento do sucesso" alcançado em 1959, acrescentou."

Via Folha.

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30 agosto 2005

Deu no New York Times

Paulo Coelho prepara invasão aos EUA.

"I am not in the United States what I am in France or Spain or Germany," he said in a long conversation in the all-glass dining room that reaches into the garden of his comfortable but simple home in the Pyrenees Mountains. "I have never broken the barrier of the press. In the United States, I am a great success, but I am not a celebrity."

"I never say I am a guru," he insisted. "That person does not exist. Readers only want to know if I have the same question as they have. But if I gave an answer, they'd soon see it was false. Many readers send me e-mails saying their lives have changed. But I didn't change those people. Everything was ready. Perhaps the book changed them."

Esoterismo e auto-ajuda literária para as massas. Ah! marketing, sobretudo marketing.

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29 agosto 2005

Boa Notícia

No caderno 'Idéias' do JB a notícia de que a partir da próxima semana, Wilson Martins voltará com seus textos. Leia a entrevista que ele deu para o jornal aqui. Um trecho:

"Nesse trajeto todo, o espaço da crítica vem diminuindo e acompanhei essa espécie de depressão crítica. O crítico, costumo dizer, precisa separar o trigo do joio e não o joio do trigo. Essa no fundo é a função do crítico. Contra a idéia comum, o crítico honesto, sério, tem uma missão mais construtiva de texto. Quanto a reverter essa situação, sinceramente, tenho minhas dúvidas porque entramos numa nova civilização intelectual, na civilização da imagem. Os jornais estão hoje preferindo muito mais a imagem sobre o texto, quando a crítica realmente exige a predominância do texto sobre a imagem. Tanto que caiu na moda ilustrar o artigo. Essa civilização da imagem, imposta antes de mais nada pela televisão, informática, está aí para ficar. Por isso a crítica diminuiu de tamanho e foi substituída pelas resenhas, muitas superficiais, em tom agradável. Há também a idéia de dar sempre o lançamento. Os jornais recebem releases das editoras e algumas resenhas reproduzem o que vem pronto."

"O que está acontecendo é o seguinte: o leitor não é mais provocado para refletir. O crítico literário escrevia contra uma obra ou contra um autor e movimentava um grupo de leitores contrários ao crítico ou ao autor. Isso estimulava a reflexão crítica. A resenha é puramente informativa, não provoca pensamento mais profundo."


Enquanto isso, o 'Prosa & Verso' do jornal 'O Globo' está dando um sono...

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O Literatura Urgente e o Falso Moralismo

Antes de mais nada gostaria de dizer que sou contra o Movimento Literatura Urgente. Sou contra principalmente por duas razões: acho que as propostas do movimento serão ineficazes para o desenvolvimento da literatura e também acho que o problema educacional no Brasil é muito maior do que a falta de acesso dos leitores a escritores. No entanto, a simplificação da questão por parte dos que são contra o projeto, tem me irritado bastante. O problema todo para a maioria dos que discutiram o assunto é o dinheiro público. Reduzem a discussão com a afirmação maniqueísta de que os escritores que assinaram o projeto são um bando de sanguessugas que querem viver de brisa pondo dinheiro público no bolso. Ninguém sequer parou para pensar que assinar um projeto não dá automaticamente o direito do assinante receber qualquer ajuda do governo. O escritor pode até mesmo não pedi-la, embora aprove a iniciativa. E mesmo que peça, critérios que o governo julgar adequados podem classificar o solicitante inapto a receber qualquer subsídio.

O caso mais engraçado da história toda foi uma matéria da revista Veja, onde o repórter Jerônimo Teixeira ataca a iniciativa partindo da simplificação rasteira da questão, dando a entender que dinheiro público não pode ser usado para bancar escritores. Para os que se indignaram ao acreditar na matéria da revista um aviso: dinheiro público pode sim ser dado a qualquer pessoa, inclusive escritores. A pessoa que solicita o subsídio deve provar que aquele dinheiro vai, de algum modo, ser convertido em um benefício público. É dessa forma que, por exemplo, o grupo Abril recebe muito dinheiro público. Como o projeto ainda não foi sequer aprovado, uma crítica tão simplista ao projeto apenas serve para que seus autores sequer tenham a oportunidade de apresentar suas razões e motivações.

O último capítulo do caso foi um grande mal entendido entre a escritora Elvira Vigna e Ademir Assunção, um dos autores do projeto. Tudo começou com um e-mail da filha da escritora Carol Vigna-Marú, que denunciava o uso indevido do nome da escritora numa carta contra a revista Veja. O caso foi divulgado no blog da Cora, que infelizmente ao divulgar o caso, caiu na mesma armadilha da simplificação rasteira 'turma de escritores que anda por aí querendo subvenção do governo para passear e para custear o seu ócio supostamente criativo'. O assunto rendeu, fazendo com que o Ademir Assunção se manifestasse a respeito em seu blog, divulgando inclusive o e-mail de resposta da escritora. Com isso, a Cora fez outro post resumindo o assunto e se desculpando. Mas o que mais me impressionou foi a rapidez de se atribuir más motivações ao responsável pelo projeto. Não conheço o Ademir Assunção, nem a escritora Elvira Vigna, mas não consigo imaginar por que afinal a escritora não contatou o Ademir antes de emitir uma opinião tão forte sobre o assunto? Se o convite foi feito por e-mail, por que não podia ela novamente encaminhar um e-mail pedindo esclarecimentos ou simplesmente dizendo que sua assinatura não deveria constar na proposta?

Enfim, para finalizar, gostaria de propor que vissem o Literatura Urgente de outro modo, que pode parecer um modo de visão ingênuo, mas que reflete meu ponto de vista: imaginemos que os autores têm boas motivações. Daí aqueles que acham importante desenvolver a literatura neste país podem fazer algo, ou seja, opinar a respeito, criticando ou validando as idéias do projeto e não seus autores. Quem sabe através do amplo debate, não surjam novas idéias, bem motivadas, que, se aplicadas, promovam o desenvolvimento cultural deste país?

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26 agosto 2005

Um Livro Vindo do Laboratório Literário

A algum tempo atrás, defendi a leitura da literatura brasileira contemporânea. Ultimamente, tenho usado meu tempo para ler uma série de escritores brasileiros contemporâneos e tenho gostado de descobrir alguns autores talentosos. No entanto, a constatação clara é que apesar da qualidade de alguns escritores, anda faltando livros experimentais. Um bom autor contemporâneo é sempre aquele autor certinho, com personagens bem desenvolvidos, com um enredo fechadinho, com tudo aquilo que estamos acostumados a ver e apreciar, mas que daqui a dois ou três anos não fará muita diferença para nós, as emoções que o livro causou já estarão esquecidas. Hoje em dia não abrimos um livro com cara de laboratório: com experimentos no enredo ou nos personagens, com uma estrutura diferente ou algo que faça ampliar nossa visão de literatura. Grande parte do vemos são livros comuns. A falta de autores que ousam por apresentarem obras diferentes do que é a moda parece ter uma grande razão aparente: apresentar algo bastante diferente do que é comum, geralmente causa estranheza. Por este motivo achei muito bom a leitura de "O Livro de Zenóbia", de Maria Esther Maciel. Ao invés de elogiá-lo como um livro bom, elogio-o dizendo que é um livro estranho.


Maria Esther Maciel é professora universitária, especializada nas obras de Octávio Paz e do cineasta britânico Peter Greenaway. Seu livro "A Memória das Coisas" está entre os dez finalistas do prêmio Jabuti deste ano na categoria Teoria e Crítica literária. Por estas ligações ao meio universitário e ao lado teórico da literatura, é natural imaginar que "O Livro de Zenóbia" tem aquela cara de jaleco branco/tubo de ensaio/microscópio, ou seja, um livro que parece ser um experimento. O livro fala de uma personagem do interior de Minas Gerais, a Zenóbia do título. Mas não existe ali uma linguagem rural e sim uma linguagem bem trabalhada, 'intelectualizada'. O confronto entre os dois produz uma sensação de estranheza: numa página lemos a receita de um delicioso prato (nada poderia ser tão 'dona-de-casa'), noutra a personagem batiza o gato de Finnegans (numa referência à obra-prima de James Joyce, algo bem intelectual). A união entre o rural e o intelectual faz emergir uma obra que se aproxima da poesia, apesar de ser prosa.


Como todo livro experimental, existem também pontos fracos observáveis na obra de Maria Esther Maciel. O maior deles é sua falta de ritmo. Por sua linguagem trabalhada e pelas partes serem sempre breves, temos a sensação de que o livro não é contínuo. Parece até uma película de cinema que não está sendo reproduzida pelo projetor: vemos somente os quadros, não o filme. Esta união de quadros faz criar a imagem da personagem, mas uma imagem fosca. Talvez esta sensação pode ser em razão do livro ser apenas um livro da personagem, escrito em primeira pessoa, onde há a falta de personagens externos que ajudem a delinear seu perfil. Outro problema nada tem a ver com a autora e sim a editora Lamparina: o preço. Um livro com pouco mais de 150 páginas, sendo metade delas ilustrações, custando quase R$ 30,00, não me atraiu. Preferi recorrer à biblioteca.

De qualquer modo, observar que há uma obra com esse tom de realização de algo diferente, fora do modelo adotado, é algo bastante positivo. O romance prova que a autora tem bastante talento e que podemos esperar uma literatura um pouco mais fora de um padrão específico. Tanto é assim que o livro está na primeira lista para o prêmio Portugal Telecom. Ou seja, mesmo que não seja escolhido vencedor, vemos uma promessa boa para a nova literatura nacional.

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25 agosto 2005

Nêumanne é premiado por "O Silêncio do Delator"

O escritor e editorialista do Jornal da Tarde receberá o prêmio José Ermínio de Moraes, na Academia Brasileira de Letras. Escolhido por unanimidade, ele receberá R$ 75 mil do Grupo Votorantim. O livro de Nêumanne está também na primeira lista para concorrer ao prêmio Portugal Telecom. E para quem quiser, está em promoção no Submarino, saindo por uma pechincha. A notícia é do Estadão.

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24 agosto 2005

Inauguração

Criei um novo blog para postar apenas textos de ficção. Para quem se interessar aí vai: Escritor de Mentiras (http://escritordementiras.blogspot.com). Atualizem as listas de Favoritos e os links de seus blogs. Os textos sobre livros continuarão aqui.

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23 agosto 2005

Artesanato das Palavras

Ao acabar de ler qualquer livro imagino o trabalho que deve ter dado para seu autor. Em alguns casos, fica aquela sensação de que o livro lido foi um livro 'fácil' de ser feito. Duvido muito que qualquer livro de qualidade publicado seja realmente um livro fácil de ser feito. Em muitos casos, como por exemplo Marcel Proust e Robert Musil, uma obra consumiu a vida inteira do autor. No caso de Musil e seu "O Homem Sem Qualidades", nem uma vida inteira foi o bastante para que este pudesse ser terminado. Mas é inevitável, alguns livros simplesmente possuem gosto de livro 'fácil'. Às vezes nem é a obra em si, mas somente alguns trechos que lemos e temos a sensação de que o autor se encheu de tudo aquilo e resolveu levá-la ao prelo do jeito que estava mesmo, sem dar muita importância às imperfeições claras. Num contraste, outras obras parece terem sido escritas por verdadeiros artesãos, perfeccionistas que nunca se cansavam de examinar cada detalhe de seu texto. E ao final, aparece uma obra que possui algo que os críticos costumam chamar de 'unidade', ou seja, todas as peças da composição se encaixam perfeitamente.

Osman Lins parece ser um desses perfeccionistas. Em duas de suas obras a sensação é de labuta para construção de textos com 'unidade': "Nove, Novena" e "Avalovara". Em "Nove, Novena", o destaque é o conto (ou seria uma novela?) "Retábulo de Santa Joana Carolina". O que se vê ali é um autor com uma obsessão em mente: eternizar sua personagem. Joana Carolina, personagem principal da história, é uma mulher que vive em condições precárias no interior do Nordeste. O tema em si não parece ser promissor para que o escritor tenha êxito em sua tarefa, afinal de contas, num país tão acostumado à pobreza, uma personagem com tais características poderia ser simplesmente mais uma personagem de um livro de Graciliano Ramos. No entanto, se o tema da história se aproxima dos livros regionalistas, a forma como o texto é montado nem de longe lembra-os. Em primeiro lugar a humilde Joana Carolina já no título é enaltecida como Santa Joana Carolina. O elemento religioso, portanto, é inserido para desde o início apontar a eternidade pretendida. O texto é dividido também em doze 'mistérios', onde em cada um há uma 'introdução', aparentemente sem nenhuma relação com o texto que se seguirá. Em cada parte, vemos elementos simbólicos que são misturados ao texto e que contribuirão para a eternização da personagem. Por exemplo, cada uma das partes remete a um signo zodíaco. Também existem sinais gráficos dentro do texto que têm um significado essencial - por exemplo, numa parte um círculo é utilizado para introduzir uma fala masculina, o triângulo, para a feminina e os dois juntos para se referir aos dois. Quanto às introduções, são brincadeiras com as palavras - e que há de mais apropriado para eternizar do que as palavras?


O resultado de tudo isso é ótimo, mas o que mais chama a atenção é o trabalho que o escritor parece ter tido. Principalmente, se o leitor prestar atenção apenas na 'estética' do texto, parece que houve um esforço para recriar a maneira de contar uma história. O que vemos no texto de Osman Lins é uma estrutura cuidadosa, montada dum modo que valoriza não somente o conteúdo do texto, mas a própria palavra. Para os leitores que valorizam a inventividade, Osman Lins é um prato cheio.

Em alguns casos, a literatura pode ser uma via de mão única. A literatura que o escritor faz nem sempre se aproxima da literatura que o leitor interpreta. O cuidadoso trabalho que observamos no texto de Osman Lins mostra que, antes de tudo, ele se preocupava em produzir uma literatura de mão dupla. O trabalho do escritor e o esforço de que nenhum leitor, por mais desatento, pudesse passar por seus textos sem sentir nada. Obviamente, escrever privilegiando esta característica, produz a sensação de que, como leitores, fomos levados em conta pelo escritor. E como leitores, agradecemos por esta preocupação.

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22 agosto 2005

Das cinzas à memória

No caderno Prosa & Verso do jornal "O Globo", uma entrevista com Milton Hatoum. Clique aqui para lê-la.

Uma outra, do caderno de Idéias do "Jornal do Brasil", pode ser lida aqui.

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19 agosto 2005

O Coronel e o Lobisomem



Acredito que a grande maioria dos livros não servem para virar um filme. Este é um deles. Tomara que eu esteja errado.

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17 agosto 2005

Salão do Livro II - A Mesa-Redonda de Blogs

Atravessei a Serraria Souza Pinto em direção à sala onde ocorreria a mesa-redonda de blogs. Não podia olhar para o lado, pois teria que parar em algum estande, folhear algum livro, aí iria perder o começo. Por via das dúvidas, deixei minha esposa e minha sogra na fila para a mesa um pouco antes. Subi as escadas, entrei na sala sem ver ninguém, somente minha esposa e minha sogra que aguardavam sentadas e tranqüilas o início. Encontrado meu lugar, aí sim comecei a procurar pelos rostos conhecidos. Apresentei-me e cumprimentei os palestrantes, primeiro o Idelber, elegantemente vestido, depois o Inagaki - eu estava meio sem jeito, mas tudo bem - e a Fal, uma simpatia. Conversei um pouco com o Idelber, que me apresentou o restante dos blogueiros - inclusive a Viva e o Bruno, que vieram do Rio para assistir ao evento. Pouco tempo depois chegou o Biajoni e a Mônica. O Biajoni, mais sério do que eu esperava, me presenteou com um exemplar autografado do seu livro (muito obrigado Bia!). Daí todo mundo ocupou suas cadeiras e o evento começou.

Após as apresentações de praxe, o Idelber começou a explanação, num texto que preparou previamente e que pode ser lido aqui. Achei interessante ele ter ressaltado esta capacidade que os blogs têm de fazer com que o profissional acadêmico receba um retorno de seu trabalho de modo muito mais rápido que no campo editorial tradicional, onde um livro demora a ser escrito, demora a ser publicado, demora a ser lido e por fim demora a ser comentado. Passando a palavra ao Inagaki, que ao contrário do que afirma fala perfeitamente em público, ouvi algo que concordo plenamente: muitas vezes a ficção em blogs é atrapalhada pela necessidade que o autor às vezes tem de postar algo. Aliás, algo que me impede de fazer literatura num blog é justamente esta armadilha, uma idéia boa que é publicada antes da hora. Por último a Fal encerrou de modo maravilhoso a palestra, ressaltando que por mais que haja a discussão sobre a relevância dos blogs para a literatura, certamente ainda é bastante cedo para fazer afirmações seguras. Agora é a hora de escrever, porque - citando Ítalo Calvino em "Por Que Ler os Clássicos" e adaptando para o mundo dos blogs - ter um blog é melhor do que não ter.

No fim ainda bati um rápido papo com a Mônica, conheci a Carolina, conversei com o Bia sobre as dificuldades existentes para um autor novo ver seu trabalho publicado (inclusive ainda vou escrever um texto colocando tudo que me veio à cabeça sobre o assunto, pelo menos eu espero!) e posamos para as fotos que estão no site do Idelber e do Inagaki. Infelizmente, na sexta, não pude ir as compras e nem a casa do Idelber depois, mas como todo bom leitor, não resisti e voltei no outro dia para as compras. Disso falo depois.

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Carlos Drummond de Andrade

Devia ter uns onze anos quando resolvi apanhar um livro de Drummond numa biblioteca pública. Não gostava muito de poesia - até hoje são poucas as poesias que conseguem chamar minha atenção - e também não entendia nada de métricas e rimas - não mudou muito, até hoje não entendo muito - , mas Drummond me ensinou uma lição importante naquele livro. Drummond me mostrou que as palavras podem transmitir beleza, uma beleza que aparece se você posicioná-las do modo correto, próximas a outras que servirão como um holofote, que irá iluminá-las dum modo como você nunca tinha pensado ser possível. Não sei ao certo que livro foi, se não me engano "Sentimento do Mundo", mas carrego esta lição comigo quando tento escrever um texto de ficção. Tento fazer evidenciar a beleza, por tentar escolher o lugar certo para cada palavra. Lembrei-me especialmente disso hoje, completados dezoito anos de sua morte.


P.S.: Aproveitando a data, o Submarino está vendendo seus livros hoje com frete grátis.

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Indicados ao Portugal Telecom 2005


1. Aberto está o inferno, de Antonio Carlos Vianna


2. A ira das águas, de Edla Van Steen


3. Arara bêbada, de Dalton Trevisan


4. Arquitetura do arco-íris, de Cíntia Moscovich


5. Cara e coroa, carinho e carão, de Glauco Mattoso


6. Cinco Marias, de Fabrício Carpinejar


7. Herdando uma biblioteca, de Miguel Sanches Neto


8. Lorde, de João Gilberto Noll


9. O falso mentiroso, de Silviano Santiago


10. O fotógrafo, de Cristóvão Tezza


11. O livro de Zenóbia, de Maria Esther Maciel


12. O silêncio do delator, de José Nêumanne Pinto


13. Mistérios de Porto Alegre, de Moacyr Scliar


14. Paraísos artificiais, de Paulo Henriques Britto


15. Plenilúnio, de Lêdo Ivo


16. Poemas rupestres, de Manoel de Barros


17. Rua do mundo, de Eucanaã Ferraz


18. Sob o peso das sombras, de Francisco J. C. Dantas


19. Vista do rio, de Rodrigo Lacerda


20. Vozes do deserto, de Nélida Piñon


No dia 30 de agosto, o Júri Nacional se reunirá para escolher dez finalistas.

Via Marcelino Freire.

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16 agosto 2005

Escritores

"Não sendo filósofa nem psicóloga, Cristiane Costa acaba passando ao largo de uma questão crucial para o perfil de todo escritor: afinal, que vocação ou danação será essa, capaz de fazer muita gente continuar sacrificando a vida à missão inglória de fazer literatura, para além de qualquer obstáculo? Certamente, a pergunta renderia material para um outro livro. Mas, em sua famosa entrevista para a “Paris Review”, em 1956, William Faulkner arriscou uma possível resposta, ao dizer que o artista é “uma criatura arrastada por demônios”, capaz de sacrificar honra, orgulho, decência, segurança, felicidade e todo o resto para escrever seu livro: “Se um escritor tiver que roubar sua mãe, não hesitará”. Exageros de bêbado neurótico à parte, o genial (e genioso) americano acertou em cheio ao definir as dificuldades que um artista enfrenta como uma espécie de “processo de seleção natural”, capaz de separar o joio do trigo – quer dizer, os talentosos e sinceros da grande legião de simples caçadores de fama."
Ótimo texto de Antonio Fernando Borges, publicado em "No Mínimo". Leia o texto completo clicando aqui.

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Milton Hatoum lança romance "Cinzas do Norte"

"Desta vez os leitores não precisaram esperar uma década pelo novo livro do escritor amazonense Milton Hatoum, Cinzas do Norte (Companhia das Letras, 312 págs., R$ 39). Hatoum levou 11 anos para lançar Dois Irmãos (2.000) após estrear com Relato de um Certo Oriente (1989). A distância entre os livros agora é menor. Diminuiu para cinco anos, durante os quais ambos foram estudados em teses acadêmicas, conquistaram prêmios e projetaram o escritor no exterior."


Estou lendo os dois livros de Hatoum "Relato de um Certo Oriente" e "Dois Irmãos", romances fortemente recomendados - aliás já comentaram comigo que Hatoum é um dos melhores novos escritores da literatura brasileira. A resenha deste terceiro me chama mais atenção que os outros dois, que confesso estou lendo bem devagar, intercalando com outros. Aliás, falta tempo para ler tudo que gostaria... A matéria completa pode ser lida aqui.

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Salão do Livro I - O Bate-papo com Moacyr Scliar

Cheguei cedo ao bate-papo com Moacyr Scliar no Salão do Livro. Sentei-me logo na primeira fileira de cadeiras, tirei meu bloco de notas e o livro "O Centauro no Jardim" da pasta. Às 18:30, Moacyr Scliar, tranqüilo, passou pelo centro das cadeiras, sem nenhuma cerimônia e sentou-se na mesma fileira que eu à direita, enquanto aguardava pelos últimos preparativos. Pouco depois começa o evento.

A palestra começa com o escritor Francisco Moraes Mendes lembrando ao público alguns pontos em comum do escritor e o estado de Minas Gerais, como o prêmio Guimarães Rosa conquistado por Moacyr. Ressalta a todos também as principais características do escritor, como seu texto simples e fluente, e depois passa a palavra ao entrevistado. Moacyr agradece a oportunidade de estar presente a cidade que tanto o encanta e diz que há, de fato, uma série de características comuns entre Porto Alegre, sua cidade natal, e Belo Horizonte. Tais características de aproximação, segundo ele, poderiam ser utilizadas para a criação de eixo BH-Porto Alegre, para contrapor o eixo Rio-São Paulo. A introdução termina com a menção do mineiro Fernando Sabino, o homenageado do Salão deste ano.

O primeiro texto a ser falado, foi o conto "A Orelha de Van Gogh", do livro com o mesmo nome. Ressaltou que seus contos geralmente são escritos de uma só vez, talvez por isso sejam sempre contos curtos. Falou também que muitas das possibilidades de interpretação do texto não são propositais, surgem após a construção do conto. Exatamente isso que ocorreu no conto "A Orelha de Van Gogh", que se inicia com a interrogação sobre o que foi feito da orelha cortada do famoso pintor Van Gogh, mas que fala realmente da relação entre pai e filho. Falando como um médico, disse que hoje existe uma grande preocupação em se pesquisar o cérebro humano, mas que ele não acredita que um dia possam desvendar a fórmula para construção de uma idéia, a área do inconsciente, dos sonhos e devaneios.

Passando à obra "O Centauro no Jardim" - que também, segundo o escritor, primeiro foi escrito e depois é que ele percebeu a questão da dualidade dos imigrantes -, Moacyr Scliar lembrou-se de sua própria vida como imigrante. Sua educação em casa, o ensino dos costumes e tradições judaicas, e sua educação na escola, um novo mundo, completamente diferente ao que estava acostumado. Essa condição do imigrante faz criar questionamentos sobre sua identidade. "Quem realmente sou?", pergunta Scliar, "Este aqui em casa ou aquele lá da rua?".



A conversa começou a caminhar para um outro lado. Moacyr Scliar ressaltou que o escritor na verdade é, ao contrário do que muitos pensam, uma pessoa que escreve mal de certo modo. Normalmente uma pessoa escreve um e-mail, por exemplo, em poucos segundos, envia e pronto. O escritor normalmente não fica satisfeito com o que escreve e vai rescrevendo dezenas de vezes o mesmo parágrafo, até adquirir uma qualidade satisfatório. Como judeu, ele falou também do peso que o texto tem sobre seu povo. Ao invés de seus antepassados legarem pirâmides, como os egípcios por exemplo, os judeus deixaram um grande livro, a Bíblia, que até hoje é um best-seller lido em todo o mundo. Afirmou que com ele não foi diferente. Relembrando sua infância, Moacyr Scliar emocionou à platéia, contando que embora pobre, seus pais anualmente o levavam à feira do livro em Porto Alegre, da livraria do Globo, exclusivamente para comprar livros. Mesmo com todas as dificuldades a ordem na casa era não deixar faltar livros. Com isso, segundo ele, era uma tortura passar por tantos livros sendo expostos e, por causa da correria, não poder parar e comprar pelo menos um.

Já no final do bate-papo, Moacyr ainda fez uma previsão sobre o futuro de obras sobre imigrantes no Brasil. Como o tema é limitado (hoje a primeira geração de imigrantes já conta uma certa idade), provavelmente este será um tema cada vez mais esquecido no futuro. Em seu lugar, possivelmente teremos obra falando sobre brasileiros nos EUA. Perguntado sobre uma história que contam, de que ele teria se ausentado alguns minutos durante a cerimônia de sua formatura para escrever um conto, Moacyr disse se tratar apenas de uma lenda. Aproveitou para contar que era o orador da turma e que como militante político, aproveitou para fazer da tribuna um palanque inflamado e que por isso foi severamente repreendido em público pelo reitor. "A minha única ausência foi não ter respondido, ter ficado calado" - concluiu dizendo.

Após a entrevista, perguntas da platéia foram submetidas por escrito. Infelizmente já estava em cima da hora para a mesa de blogs (que conto mais tarde como foi), por isso não pude ouvir a resposta do escritor a minha pergunta (que foi a primeira). Satisfeito, levantei-me e corri para não perder o início da mesa-redonda.

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12 agosto 2005

Cultura Não Faz Dinheiro

Semana passada o jornal "O Globo" cortou do caderno "Prosa & Verso" os dois principais colunistas, reconhecidos pelo talento e inteligência, Affonso Romano de Sant'Anna e Wilson Martins. Pela repercussão (que quase não ocorreu) presumimos que cultura não faz dinheiro e que a justificativa do jornal (diminuição de gastos) faz sentido.

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Autores Húngaros

Cora Ronai, neste texto, fala sobre o lançamento de livros de autores húngaros pela Cosac&Naify, especialmente "Os Meninos da Rua Paulo". Aliás, aos bons cristãos que desejam me presentear com livros, gostaria de avisá-los que podem comprar qualquer livro do catálogo da Cosac&Naify, a Willy Wonka dos livros. Meu sonho de consumo é ter todos eles!

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Alemanha celebra o 50º aniversário de morte do escritor Thomas Mann

"As relações de Thomas Mann com seu país natal - ele nasceu no dia 6 de junho de 1875 - eram bastante ambíguas. Em 1936, ele perdeu sua nacionalidade alemã. Três anos antes, em Berlim, seus livros haviam sido queimados em praça pública. Este acontecimento ocorreu no mesmo ano, 1933, em que Hitler assumiu o poder na Alemanha, concretizando um perigo para o qual Mann já havia chamado a atenção em 1930.

Num vibrante "apelo à razão", o escritor incitou a burguesia e a classe operária a formarem uma frente unida contra os nazistas."


Via UOL.

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10 agosto 2005

Rápidas

Amanhã começa o 6º Salão do Livro de Minas Gerais. Na sexta-feira, dia 12, estarei lá escutando o Idelber, o Ina e a Fal, na mesa-redonda "Blogs: a literatura e o espaço virtual", além de bater um bom papo com outros blogueiros que estarão presentes, como o Biajoni. Para quem for a dica é comparecer no pavilhão Hélio Pellegrino, antes da mesa, no Encontro Marcado com Moacyr Scliar que estará sendo entrevistado por Francisco Moraes Mendes.

***

No clima do Salão do Livro, três livros de autores que estarão presentes: "O Centauro no Jardim" de Moacyr Scliar, "Em Liberdade" de Silviano Santiago e "Eles Eram Muitos Cavalos" de Luiz Ruffato.

O livro “O Centauro no Jardim” foi a única obra brasileira escolhida pelo National Yiddish Book Center, dos EUA, entre as 100 melhores obras de temática judaica escritas em todo o mundo nos últimos 200 anos. Fala da questão da identidade e o centauro (uma criatura metade humana, metade animal) representa esta dupla identidade dos filhos de imigrantes judeus, que têm que conviver com as diferenças. Aliás, sua formação judaica influencia boa parte das obras do autor.


"Em Liberdade" é um diário fictício de Graciliano Ramos. O cenário, muito bem reconstruído pelo autor, é a cidade do Rio de Janeiro dos anos 30. O Graciliano da ficção é uma boa prova do talento do autor.


Por último, "Eles Eram Muitos Cavalos" está na lista recém divulgada pelo jornal Estado de Minas, dos quinze melhores romances da literatura brasileira lançados desde 1990 até 2005. Escrevendo numa linguagem fragmentada, Ruffato apresenta-nos São Paulo e seus vários personagens anônimos.



Três dicas de leituras para aproveitar ainda mais o evento.

***

Mudando de assunto, encontrei hoje de manhã este grande texto do Polzonoff, em que ele fala desta muitas vezes difícil missão de ser apenas um leitor. O blog do Polzonoff foi um dos primeiros blogs que lia diariamente e confesso que seu talento serviu como fonte de motivação para que eu começasse meu próprio blog. Um belo texto que quero guardar comigo, para sempre poder relê-lo quando sentir que não estou sendo mais um mero leitor. Parabéns Polzonoff.

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09 agosto 2005

A América de John Steinbeck

Texto sobre John Steinbeck no Digestivo Cultural.

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Curso da Unicamp formará "escritor profissional"

"Pereira afirma que o curso está formulado em quatro séries de disciplinas. A primeira aborda os gêneros textuais, como a prosa ficcional, o teatro, a poesia e a crítica. Na segunda, de caráter mais prático, os estudantes farão diversas pesquisas nas diferentes áreas dos estudos literários.

A literatura brasileira será analisada na terceira parte e, por último, o aluno vai se ater às questões da teoria e da história da literatura. Nessa parte também será estudada literatura estrangeira. "Além dessas séries, o currículo incorpora duas disciplinas que tratarão especificamente da literatura clássica", afirma o coordenador."


Notícia da Folha.

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08 agosto 2005

Para Aqueles Que Apostaram nos Sonhos Errados

O costumeiro apostador de loterias sempre tem uma história para contar a respeito do prêmio que um dia ele quase ganhou. Aponta para os cartões enquanto afirma que se tivesse reunido os números corretos, que estão nos outros cartões, teria faturado a grana maravilhosa que mudaria toda a sua vida. E assim vai vivendo, com lembranças cada vez mais emocionantes de quase-prêmios cada vez mais volumosos. Dino Buzzati, ao escrever "O Deserto dos Tártaros", cria uma figura semelhante. A diferença é que o prêmio a ser conquistado é muito maior. Talvez por isso, ao finalizar a leitura de sua obra-prima, a sensação é de um desagradável esclarecimento. E se estivermos apostando nossa vida nos sonhos errados? Para muitos a lucidez vem muito tarde. Outros sequer chegam a avaliar se realmente fazem sua vida valer a pena. Transformam a rotina em modo de vida e o vislumbre por algo novo dá lugar ao sossego e a segurança de uma vida possíveis riscos.


Para os que estão tentando se arriscar em busca da felicidade, o livro de Buzzati causa um efeito profundo. No livro de Buzzati, o soldado Giovanni Drogo cumpre uma rotina entediante num forte quase abandonado, à espera de um possível ataque que nunca chega. Antes do fim de sua vida, porém, tudo parece mudar. Repentinamente, evidências de uma trama de ataque começam a aparecer, transformando a rotina do forte, em uma expectativa de glória e sucesso. O sonho de uma guerra sangrenta que poderia transformar uma vida insossa em uma aventura heróica começa a mover o pensamento e as ações dos membros do forte, como forma de driblar a rotina. Mas é somente isso. Como o cartão de loteria quase premiado que se dá esperança de um dia receber o grande prêmio.

O paralelo com o livro de Samuel Beckett, "Esperando Godot", é oportuno, embora este possa causar menos impacto. Na obra de Beckett, a capacidade de realização do sonho é transferido para outro, o Godot que nunca aparece. Todas as esperanças estão por vir num personagem que certamente terá a capacidade (e certamente fará!) de desfazer tudo que está errado na vida dos dois personagens principais, Estragon e Vladimir. Os dois mendigos então cumprem a rotina de esperar. O efeito mais inquietante da obra de Buzatti se deve justamente ao fato de que o soldado Drogo não transfere sua responsabilidade a outro. O modo como conduz sua vida e a expectativa de que um dia haverá de fato uma guerra, não é um sonho tomado de outra pessoa. Ele mesmo constrói sua esperança baseada nesta expectativa de uma guerra futura, isolando o presente. Mesmo quando tem a oportunidade de retomar um antigo amor e abandonar tudo, ele prefere não fazê-lo. E assim sua vida passa.

O livro de Buzzati tem a capacidade de nos fazer refletir nas nossas próprias expectativas e sonhos. Nos faz ver que ao nosso redor são muitos os Drogos que esperam pela grande chance de suas vidas e vão continuar esperando, num eterno lamento. Embora possa transmitir uma certa melancolia, quando findamos a leitura sentimo-nos bem. Há uma grande vontade de avaliarmos nossas próprias expectativas e traçarmos nossos caminhos de um modo mais realista. E para aqueles que apostaram nos sonhos errados, o livro significa um grande sinal de alerta, que poderá servir para um desvio radical da rota de colisão. Basta abandonar os velhos bilhetes premiados e se apegar as verdadeiras apostas que garantirão a felicidade.

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05 agosto 2005

Prêmio Jabuti 2005 - Livros de Contos e Crônicas Selecionados


URGENTE É A VIDA
ALCIONE ARAÚJO - EDITORA RECORD


OS LADOS DO CÍRCULO
AMILCAR BETTEGA BARBOSA - EDITORA SCHWARCZ


PARAÍSOS ARTIFICIAIS
PAULO HENRIQUE BRITTO - EDITORA SCHWARCZ


ARQUITETURA DO ARCO-ÍRIS
CINTIA MOSCOVICH - EDITORA RECORD


CRIMES À MODA ANTIGA
VALÊNCIO XAVIER - PUBLIFOLHA


HISTÓRIAS MIRABOLANTES DE AMORES CLANDESTINO
EDGARD TELLES RIBEIRO - EDITORA RECORD


TÍPICOS TIPOS
FREI BETTO - A GIRAFA


PARAGENS
RONIWALTER JATOBÁ - BOITEMPO EDITORIAL

A TRAMA DO SILÊNCIO
CLECI SILVEIRA - EDITORA MOVIMENTO


CONVERSAS DE AMOR
DOMINGOS PELLEGRINI - EDITORA RECORD
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