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28 junho 2005

Brasileiros Lêem Pouco

"A população do Brasil lê em média 5,2 horas por semana, o que coloca o país em 27º num ranking de 30 países que é liderado pela Índia."

Notícia do Estadão.

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27 junho 2005

Cultura no Brasil

"O Brasil está boiando em pura espuma. Vivemos a futilidade, trivialização do real, é um momento inconsistente. As celebridades não têm profissão, trabalho, esforço, não têm biografia. E o pior é que os jovens acreditam nessas pessoas e deixam de fazer coisas sérias por isso."

Nélida Piñon, em entrevista à Folha. Leia a entrevista completa aqui.

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O Hábito de Ler o Que Não Está Escrito

A capacidade de ler envolve muito mais do que reconhecer os símbolos que estão impressos num papel. Envolve também ter a capacidade de reconhecer referências externas e analisá-las. Não é preciso dizer, portanto, que quanto mais se lê, melhor leitor você se tornará. Isto é tão importante que muitos leitores amam um livro que outros detestam, pelo simples fato de que conseguiram reconhecer certas referências que o escritor utiliza. Às vezes o escritor constrói toda uma história com base em referências que não estão explícitas em sua obra, o que faz com que tenhamos que buscar mais conhecimentos sobre estas referências, se ainda não o temos. O fato de alguns não terem conhecimento destas referências faz com que muitos afirmem que uma obra é ruim, apesar de ser amplamente elogiada. O pior é que às vezes a pessoa que afirma que uma obra é ruim não faz idéia sequer do porquê. Resumem seu ponto de vista, afirmando que a obra é ruim porque não dá para entender nada. Ao contrário do que estes pensam, bons escritores não são elogiados por escreverem de modo a não serem entendidos. Escrevem e provocam algum tipo de reflexão e transformação.

Para exemplificar como é importante reconhecer referências em uma obra, tome por exemplo o livro "O Grande Gatsby" de F. Scott Fitzgerald. Pode-se ler dois livros. O primeiro, sem um conhecimento prévio do que era os EUA nos anos vinte, o período do American Dream, é um livro legalzinho, com personagens bem construídos e uma historinha de amor com começo, meio e fim. O segundo livro é uma obra-prima, que traça um perfil espantoso de uma geração próxima à desintegração, num período de prosperidade material único. Para retratar este período, Fitzgerald mostra, através das ações dos personagens, um povo cínico, ganancioso e cujo principal objetivo é a busca por prazer. A Primeira Guerra Mundial pôs fim a uma série de crenças e a prosperidade americana fez com que a sociedade da época se confrontasse com um desejo de possuir bens dum modo sem precedentes. Junto com isso, podemos citar também que foi uma época de grandes oportunidades para enriquecimento, tornando possível que qualquer um, de qualquer classe econômica, se tornasse milionário do dia para a noite, produzindo assim uma série de contrastes. No livro, a divisão entre East Egg (a sociedade aristocrática estabelecida) e West Egg (os novos ricos) reflete bem estas mudanças e consequentemente o contraste que elas passaram a causar no dia a dia desta sociedade. Fitzgerald, por exemplo, descreve Gatsby, um novo rico, como alguém sem o charme, a classe e a beleza daquela aristocracia tradicional, duma forma até discriminatória. Mas numa avaliação mais profunda, vemos que apesar da beleza e do charme, esta aristocracia é moralmente corrupta, amoral e gananciosa. Os Buchanans exemplificam tudo isso de modo bem claro. Enfim, tais contrastes dão um realce para os defeitos de todos, mostrando que seria até inevitável o declínio.

Quando estudamos história, na maior parte dos casos, lemos à respeito apenas das figuras mais importantes. Ao ler a obra de Fitzgerald, parece que estamos tendo um curso de história inseridos entre as pessoas da época, pessoas de carne e osso como nós, pessoas estas que não têm nada de especial para que no futuro sejam descritas em livros de história. Mas, ao mesmo tempo, compreendemos uma época dum modo que nenhum livro de história é capaz de nos fazer compreender. Percebam que um livro de história é escrito justamente com o objetivo de nos fazer conhecer fatos, mas "O Grande Gatsby" trabalha estes fatos de um modo subjetivo. Assim, ao absorvermos as referências sobre o período, encontramos uma obra que nos faz viver durante um certo período como um membro daquela sociedade. Viajamos no tempo e ao voltar, ganhamos uma nova capacidade de analisar os mesmos fatos que lemos em livros de história. Adquirimos um novo ponto de vista, muito mais amplo e ao fim, percebemos que tivemos o privilégio de ler uma obra-prima.

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24 junho 2005

Enrique Vila-Matas

A Cosac&Naify está se preparando para lançar no dia 04 de julho o livro "O Mal de Montano", de Enrique Vila-Matas. Segue resenha do site da Livraria Cultura:

"'O mal de Montano' celebra a riqueza e a força da literatura. Numa cruzada irônica, Vila-Matas convoca mais uma vez seus autores-ícone, alguns já presentes em 'Bartleby e companhia', como Robert Walser, Franz Kafka e Fernando Pessoa. Porém se naquele romance os autores preferiam não escrever mais, o que os reúne em 'O mal de Montano' é a obsessão pela literatura e pelo literário, o desejo de ser a "memória da literatura" encarnada. O "mal de Montano" deixa de ser uma enfermidade para tornar-se um antídoto eficaz contra a morte da literatura, uma arma contra os inimigos do literário."

Já desisti de colocar tudo que quero na minha wishlist. Meu poder de compras é inversamente proporcional ao número de livros que quero.

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22 junho 2005

O Clima da Obra

Algo muito raro hoje em dia é encontrar um livro que, antes de mais nada, seja um livro 'climático'. Hoje em dia a moda é misturar todos os gêneros que você puder ao escrever e produzir o máximo de sensações possíveis no leitor. Isso, é claro, embora produza um ou outro bom livro, em sua grande maioria, sai uma porcaria. Até mesmo os livros policiais que antigamente possuíam apenas aquele delicioso clima ‘noir’, se tornaram engraçados, chatos, românticos, violentos, repugnantes, etc., tudo ao mesmo tempo. Não gosto dessa obsessão por parecer moderno por misturar todo tipo de sensações numa só história, mas sei que sinto falta daquele livro que possuía um clima o tempo todo e que esse clima fica cada vez melhor a cada página.



Para exemplificar isso que digo, vejam "O Coração das Trevas" de Joseph Conrad. Embora, eu não goste muito dos livros de Conrad que já li, não posso negar que "O Coração das Trevas" é simplesmente o supra-sumo dos livros 'climáticos'. Marlow é um personagem excelente, Kurtz surpreendente, mas o grande feito de Joseph Conrad foi conseguir construir um clima no livro que supera qualquer personagem. Aliás a importância do clima parece ser maior até que a própria história. O clima todo é sempre único, uma sensação que incomoda e que a cada página incomoda mais e mais até atingir seu clímax nas palavras de Kurtz: "O horror!". Para quem já leu a obra, é difícil imaginar um livro tão contraditório em sua formulação: se por um lado a história é simples (Marlow é designado para encontrar um maluco no fundão da África), sua estrutura é muito complexa (o foco é sempre o ponto de vista de Marlow sobre Kurtz, dum modo que os dois vão se aproximando até que finalmente se encontram). Pela simplicidade da proposta - o livro concentra-se na maior parte das vezes em apresentar-nos os pensamentos de Marlow em sua viagem pelo rio - seria fácil criar um livro ruim e mais difícil criar um clima próprio, mas não é o caso. O que vemos é sempre um cuidado em pintar um quadro cada vez mais obscuro e exaltar o clima ‘noir’ da obra. Próximo do encontro entre os dois personagens, temos a impressão de estarmos lendo um livro com os olhos embaçados por uma fumaça. Vemos alguns traços e procuramos construir um quadro na mente, completando os espaços vazios com informações hipotéticas. Assim como Marlow, estamos ansiosos em descobrir quem realmente é Kurtz, embora ao final continuemos completando os espaços nós mesmos.

Ao ler "O Coração das Trevas" e perceber o cuidado que o escritor teve para nos fazer sentir incomodados, vejo o porquê de hoje criar um livro com um clima esteja tão fora de moda. Pode-se usar tal mistura como uma maquiagem, ou seja, a mistura de sensações cria uma bela oportunidade para que as deficiências sejam varridas para debaixo do tapete. Afinal, antes mesmo de percebermos o drama, vem logo uma piada que muda o nosso foco e nossa percepção. Assim, é mais fácil atirar para todos os lados sem muito cuidado, do que focar num só ponto e trabalhá-lo, construindo um texto esmerado. E é uma pena, pois esta vontade de criar obras sem qualquer clima faz com que os romances contemporâneos (em sua maioria) sejam tratados como romances leves, enquanto os textos trabalhados com a única finalidade de exaltar um clima, começando de modo gradual até seu clímax, é tachado de chato. Cria-se assim um efeito circular: leitores desacostumados com um texto menos ágil encontram satisfação em leituras 'desleixadas' e editoras publicam apenas aquilo que os leitores vão ler. Um mercado como este é um incentivo à criação de obras que seguem uma fórmula que empobrece a literatura.

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Contos de Grimm Viram Patrimônio da Humanidade

"O registro "Memória do mundo" da Unesco, criado em 1997, conta com 120 documentos históricos, como os filmes dos irmãos Lumière e as obras do compositor alemão Johannes Brahms.

Ao incluir os 14 contos e dois livros de comentários sobre os mesmos publicados entre os anos de 1812 e 1857, a Unesco se compromete a garantir sua preservação e sua difusão.
"

Leia matéria completa aqui.

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20 junho 2005

Rápidas

Por que a pirataria de livros (no formato impresso) é algo raro? A BookStandard investiga o assunto num texto interessante. Via Pedro Doria.

***

Alguém sabe o que aconteceu com o Singrando do Reginaldo?

***

O Barbão postou duas questões interessantes, que merecem um post maior que agora infelizmente estou sem tempo para escrever: Primeiro, acabou o espaço para literatura experimental? Segundo, é possível escrever num estilo que se aproveitasse do excelente meio que é a internet, criando assim um novo estilo?

***

Somente eu que se incomodou com o fato da nova tradução de "Ulisses" da Objetiva ser baseada na edição de Gabler?

***

Para fechar, o Nelson escreveu um "Samba-enredo em homenagem ao Bloomsday"

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17 junho 2005

David Foster Wallace For Dummies

O caso é o seguinte, encontrei este texto do Adrian Leverkuhn sobre "Infinite Jest", de David Foster Wallace e imediatamente comprei o livro. O texto é simplesmente fantástico e o livro está valendo muito a pena. Obrigado Adrian e quando eu crescer, quero escrever deste jeito. O texto já tem algum tempo, mas se você, assim como eu até bem pouco tempo atrás, ainda não sabe do que se trata leia, leia, leia.
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.
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Oh, como eu gosto da Internet!

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Sim

O grande romance moderno "Ulisses" termina com maravilhos 'sims'. De fato, o 'sim' tem um poder espantoso. Ao propor o Bloom-Blogsday, obviamente imaginava um grande número de 'sims' em resposta à minha sugestão. Fui positivamente surpreendido (digamos que foi um sim²) pois pipocaram links de todos os lados e o número de visitantes foi recorde. Obrigado a todos vocês leitores e blogueiros que fizeram deste Bloomsday, um Bloomsday inesquecível.

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02:00

Molly está agora, meio dormindo, meio acordada, em seu monólogo. Seus pensamentos prosseguem, ela reflete sobre uma série de eventos do passado, até que finalmente se lembra da primeira vez que fez amor com Leopold Bloom. Sim. É o fim do romance.
Correspondências:
referência homérica - Penélope

Trecho da obra
Molly Bloom:

yes when I put the rose in my hair like the
Andalusian girls used or shall I wear a red yes and how he kissed me
under the Moorish wall and I thought well as well him as another and then
I asked him with my eyes to ask again yes and then he asked me would I
yes to say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes
and drew him down to me so he could feel my breasts all perfume yes and
his heart was going like mad and yes I said yes I will Yes.

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01:00

Bloom está em sua casa, para onde levou Stephen. Prepara um chocolate e os dois conversam. Bloom convida Stephen para passar a noite ali, mas ele recusa. Vão para o jardim onde urinam juntos. Depois, Stephen vai embora e Bloom entra, deita-se na cama e dorme.
Correspondências:
referência homérica - Ítaca
ciência/arte - ciência

Trecho da obra
Bloom e Dedalus em casa:

Having set the halffilled kettle on the now burning coals, why did he
return to the stillflowing tap?

To wash his soiled hands with a partially consumed tablet of Barrington's
lemonflavoured soap, to which paper still adhered, (bought thirteen hours
previously for fourpence and still unpaid for), in fresh cold
neverchanging everchanging water and dry them, face and hands, in a long
redbordered holland cloth passed over a wooden revolving roller.

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0:00

Bloom está com Stephen num abrigo. Estão bebendo café e iniciam uma conversa com um marinheiro. Bloom fala do desentendimento no bar (do episódio Ciclope). Os dois saem do abrigo.
Correspondências:
referência homérica - Eumeu
ciência/arte - navegação

Trecho da obra
Bloom convida Dedalus para tomar um café:

Mr Bloom and Stephen entered the cabman's shelter, an unpretentious
wooden structure, where, prior to then, he had rarely if ever been
before, the former having previously whispered to the latter a few hints
anent the keeper of it said to be the once famous Skin-the-Goat
Fitzharris, the invincible, though he could not vouch for the actual
facts which quite possibly there was not one vestige of truth in. A few
moments later saw our two noctambules safely seated in a discreet corner
only to be greeted by stares from the decidedly miscellaneous collection
of waifs and strays and other nondescript specimens of the genus HOMO
already there engaged in eating and drinking diversified by conversation
for whom they seemingly formed an object of marked curiosity.

--Now touching a cup of coffee, Mr Bloom ventured to plausibly suggest to
break the ice, it occurs to me you ought to sample something in the shape
of solid food, say, a roll of some description.

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16 junho 2005

Bloomsday Pela Net V

Mais um ótimo texto sobre o Bloomsday, agora no Inagaki. Clique aqui e confira, lá tem ótimos links, diversão garantida durante horas!

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23:00

Stephen está num bordel. Após algum tempo, chega também Bloom. Várias alucinações são descritas, até que ele e Bloom são expulsos do bordel. Soldados espancam Bloom, a polícia chega, mas Bloom resolve a situação
Correspondências:
referência homérica - Circe
ciência/arte - mágica

Trecho da obra
As alucinações:

VIRAG: (HEELS TOGETHER, BOWS) My name is Virag Lipoti, of Szombathely.
(HE COUGHS THOUGHTFULLY, DRILY) Promiscuous nakedness is much in evidence
hereabouts, eh? Inadvertently her backview revealed the fact that she is
not wearing those rather intimate garments of which you are a particular
devotee. The injection mark on the thigh I hope you perceived? Good.

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22:00

Bloom está visitando a senhora Purefoy na maternidade onde está ocorrendo o parto. Stephen também está lá, junto com Malachi Mulligan. Bloom pensa no filho morto. O menino nasce e eles vão embora. O episódio mais complexo do romance, que relaciona os nove meses a vários estilos da literatura, com o uso de diversos tipos de linguagem.
Correspondências:
cor - branco
referência homérica - Gado do sol
ciência/arte - medicina

Trecho da obra
Malachi Mulligan:

Whereat he handed round to the company a set of pasteboard cards
which he had had printed that day at Mr Quinnell's bearing a legend
printed in fair italics: MR MALACHI MULLIGAN. FERTILISER AND INCUBATOR.
LAMBAY ISLAND. His project, as he went on to expound, was to withdraw
from the round of idle pleasures such as form the chief business of sir
Fopling Popinjay and sir Milksop Quidnunc in town and to devote himself
to the noblest task for which our bodily organism has been framed. Well,
let us hear of it, good my friend, said Mr Dixon. I make no doubt it
smacks of wenching.

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20:00

Bloom está na mesma praia onde Stephen andou pela manhã. Gerty MacDowell e suas amigas também estão na praia. Ela pensa no homem que a rejeitou e posteriormente se insinua para Bloom.
Correspondências:
cor - cinza e azul
referência homérica - Nausícaa
ciência/arte - pintura

Trecho da obra
Gerty e Bloom:

Gerty had an idea, one of love's little ruses. She slipped a hand into
her kerchief pocket and took out the wadding and waved in reply of course
without letting him and then slipped it back. Wonder if he's too far to.
She rose. Was it goodbye? No. She had to go but they would meet again,
there, and she would dream of that till then, tomorrow, of her dream of
yester eve. She drew herself up to her full height. Their souls met in a
last lingering glance and the eyes that reached her heart, full of a
strange shining, hung enraptured on her sweet flowerlike face. She half
smiled at him wanly, a sweet forgiving smile, a smile that verged on
tears, and then they parted.

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Tabelas e Esquemas

Algumas tabelas e esquemas para vocês que, neste exato momento, estão se divertindo com a leitura de "Ulisses". São mais completas do que as que vejo em português.

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17:00

Num bar, Bloom discute com um cidadão nacionalista. Lenehan comenta que o cavalo em que Bloom apostou foi o vencedor, fazendo piorar o atrito, até que Bloom é expulso do bar.
Correspondências:
referência homérica - Ciclope
ciência/arte - política

Trecho da obra
Bloom e o Cidadão:

-Persecution, says he, all the history of the world is full of it.
Perpetuating national hatred among nations.

-But do you know what a nation means? says John Wyse.

-Yes, says Bloom.

-What is it? says John Wyse.

-A nation? says Bloom. A nation is the same people living in the same
place.

-By God, then, says Ned, laughing, if that's so I'm a nation for I'm
living in the same place for the past five years.

So of course everyone had the laugh at Bloom and says he, trying to
muck out of it:

-Or also living in different places.

-That covers my case, says Joe.

-What is your nation if I may ask? says the citizen.

-Ireland, says Bloom. I was born here. Ireland.

The citizen said nothing only cleared the spit out of his gullet and,
gob, he spat a Red bank oyster out of him right in the corner.

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16:00

Bloom está ouvindo Simon Dedalus, pai de Stephen, tocar piano. São cantadas músicas nacionalistas. Por fim, Bloom sai.
Correspondências:
referência homérica - Sereias
ciência/arte - música

Trecho da obra
A música:


By bronze, by gold, in oceangreen of shadow. Bloom. Old Bloom.

One rapped, one tapped, with a carra, with a cock.

Pray for him! Pray, good people!

His gouty fingers nakkering.

Big Benaben. Big Benben.

Last rose Castile of summer left bloom I feel so sad alone.

Pwee! Little wind piped wee.

True men. Lid Ker Cow De and Doll. Ay, ay. Like you men. Will lift your
tschink with tschunk.

Fff! Oo!

Where bronze from anear? Where gold from afar? Where hoofs?

Rrrpr. Kraa. Kraandl.

Then not till then. My eppripfftaph. Be pfrwritt.

Done.

Begin!

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15:00

Vários personagens aparecem, inclusive Blazes Boylan. Uma das partes mais difíceis de "Ulisses" - acho que perde apenas para os eventos que fazem referência ao episódio "Gado do Sol" da "Odisséia".
Correspondências:
referência homérica - Os rochedos serpeantes
ciência/arte - mecânica

Trecho da obra
Blazes Boyle e a mocinha loira:

The blond girl handed him a docket and pencil.

-Will you write the address, sir?

Blazes Boylan at the counter wrote and pushed the docket to her.

-Send it at once, will you? he said. It's for an invalid.

-Yes, sir. I will, sir.

Blazes Boylan rattled merry money in his trousers' pocket.

-What's the damage? he asked.

The blond girl's slim fingers reckoned the fruits.

Blazes Boylan looked into the cut of her blouse. A young pullet. He
took a red carnation from the tall stemglass.

-This for me? he asked gallantly.

The blond girl glanced sideways at him, got up regardless, with his tie
a bit crooked, blushing.

-Yes, sir, she said.

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Bloomsday Pela Net IV

O Bruno Garschagen, que também deverá estar na Livraria Travessa mais tarde, publicou no Vertigem uma entrevista com Bernadina Pinheiro, a tradutora de "Ulisses" que está sendo lançada hoje, pela editora Objetiva. Com a permissão do Bruno, aí está o texto:

O retorno de Ulisses

Edmund Wilson, no clássico ensaio para o livro “Castelo de Axel”, observou que com “Ulisses, James Joyce trouxe à literatura uma nova e desconhecida beleza”. O escritor irlandês, para Wilson, era o grande poeta de uma nova fase da consciência humana. Vários são os ensaios e livros que tentam explicar “Ulisses”, a obra-prima de Joyce. O leitor brasileiro que não lê em inglês ficou quase quatro décadas limitado à tradução do filólogo Antonio Houaiss, que fez uma versão intelectualizada e dura, bastante criticada e nada sedutora.
O simples anúncio de uma nova tradução da obra ouriçou os fãs de Joyce e abre uma janela para os que se recusavam a enfrentar a tradução de Houaiss. Lançada pela editora Objetiva, a nova versão traz a assinatura de Bernadina Pinheiro, professora aposentada do curso de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e apaixonada por Joyce. Embora não viva de traduções, Bernardina já verteu para o português “Retrato do artista quando jovem” (Siciliano), de Joyce, “Uma viagem sentimental”, de Sterne, e planeja traduzir William Faulkner (a obra não foi definida).
De seu apartamento em Copacabana, Bernardina, aos 83 anos, falou como se aproximou das obras do escritor irlandês, por que decidiu traduzir “Ulisses” e como foi o processo de verter o livro para o português, cuja principal preocupação era manter a coloquialidade da prosa joyceana, inexistente na tradução de Houaiss, que para muitos precisava ser traduzida.

O que levou a senhora a se lançar na tradução?
Bernardina - Comecei a traduzir “Ulisses” por prazer. Depois da minha pesquisa de doutorado, fiquei tão fascinada com o monólogo da Molly Bloom que resolvi traduzi-lo. Isso foi em 1999.
Minha ligação com Joyce começou com minha tese de livre-docência em literatura inglesa em 1974. Fui levada pelo poeta britânico Gerard Manley Hopkins, que tem uma linguagem muito especial, um enfoque ético completamente diferente do século XIX. Hopkins explorou muito o aspecto semântico da língua. Minha tese era sobre a densidade semântica em sua poesia.
Hopkins trabalha com o escopo íntimo e Joyce com epifanias. Comparei os dois por causa da revelação da coisa íntima.
Em 1986, fiquei sete meses em Londres cursando o pós-doutorado na University College. Minha pesquisa era sobre “Ulisses”. Me propus a fazer uma análise do grau de sentimento de culpa dos três personagens principais, Stephen Dedalus, Leopold e Molly Bloom. Além de Londres, fiquei uma semana em Dublin, fazendo a jornada de Leopold.

- Que tipo de preocupação estética e estilística a senhora teve enquanto traduzia?
Bernardina - A tradução nunca é perfeita. Você não pode transferir de uma língua para outra toda a sutileza, todas características que são próprias de cada língua. Há coisas quase impossíveis de se traduzir. Há algo usadíssimo por Shakespeare, e muita usado por Joyce e por muitos outros escritores ingleses, que é o pun, trocadilho. É muito difícil adaptar isso para o português. Quando não consegui fazer a adaptação, procurei utilizar um outro elemento da língua inglesa que é a aliteração: a repetição de sons, repetição de consoantes iniciais. Procurei explorar a parte de som, que é muito importante para Joyce. O som, por exemplo, é muito importante no “Retrato do artista quando jovem”, um poema em prosa.
Em “Ulisses”, foi mais difícil fazer a adaptação do som da língua anglo-saxônica por não ser tão marcante quanto em “Retrato...”. O que eu procurei fazer foi mais em termos de buscar sonoridade, o ritmo, porque o ritmo é diferente nos três monólogos. Cada um tem seu ritmo próprio. Quase que um perfil da personalidade de cada um dos personagens através do ritmo.
As maiores dificuldades que tive foram com a variação de estilos nos capítulos de “Ulisses”. Os capítulos 12 e 14 têm uma variedade muito rica. Pega desde a literatura anglo-saxônica medieval até o pidgin english — mistura de dialetos e gírias. Para verter a prosa de Joyce de uma maneira mais aproximada possível do original utilizei a linguagem do homem da zona rural brasileira.

- Quais edições a senhora usou na tradução?
Bernardina - Usei a edição “Ulysses, The Corrected Text” (London: Penguin Books, 1986), de Hans Walter Gabler. Como ponto de apoio em algumas consultas, usei a edição francesa traduzida por Auguste Morel, revisada por Valéry Larbaud e depois novamente revisada por uma equipe comanda por Jacques Aubert, um especialista em Joyce.

- Houve alguma preocupação em manter a coloquialidade dos diálogos levando em consideração a língua falada pelos dublinenses na época ou a senhora preferiu atualizar as frases e expressões do romance?
Bernardina - Procurei usar uma linguagem coloquial no texto, não uma linguagem rebuscada. Joyce usa uma linguagem bastante coloquial. Não usei muitas gírias. Procurei usar certas expressões como se fossem nossas. A linguagem coloquial não varia tanto de uma época para outra. As gírias sim. Reproduzi o mais fielmente possível o que Joyce pensava, o que ele escreveu.
A língua inglesa é muito rica, metricamente falando. Joyce pôde variar muito os termos e ao mesmo tempo procurar aqueles que tinham uma sonoridade que melhor se adaptasse em certos momentos ao texto. Nós não dispomos da mesma riqueza vocabular. Eles têm um componente muito grande de palavras anglo-saxônicas e latinas. Em termos de som e de ritmo é uma coisa fantástica. As palavras anglo-saxônicas são predominantemente monossilábicas enquanto que as palavras de origem latina são mais longas. O ritmo da linguagem de Stephen, que é mais filosófico, é mais lento, as palavras mais longas. O ritmo de Bloom, que é prático, objetivo, imediato, é quase stacatto, com frases muito curtas, comendo sílabas. Procurei reproduzir isso em português.

- Quanto tempo a senhora levou para traduzir?
Bernardina – Comecei a traduzir, como já disse, em 1999, mas sem a pretensão de publicá-la. Terminei no início de 2004, já com o acordo com a editora Objetiva. Foram feitas cinco revisões, duas delas por minha sobrinha, professora de inglês.

- E o convite para publicar?
Bernardina - Tudo começou no Bloomsday de 1999, após a leitura de trechos que eu havia traduzido e que foi distribuído para os que estavam presentes. E editora da Ediouro na época, Maria Angela Villela, minha aluna num curso em que fazíamos leituras de Joyce, perguntou se eu aceitaria o desafio de traduzir a obra. Me empolguei na hora e aceitei.
Passado algum tempo, as negociações com o detentor dos direitos da obra (Stephen Joyce, neto do escritor) se tornaram difíceis e a Ediouro desistiu do projeto. Depois fui sondada pela Nova Aguilar (novamente pelas mãos de Maria Angela Villela), mas a conversa não prosperou. Continuei traduzindo os capítulos do livro para ajudar no curso. Assim, eu ia adiantando a tradução.
Em 2001, houve um contato com a Objetiva, que se interessou pela tradução. Continuei traduzindo, mas novamente houve empecilhos com o detentor dos direitos da obra. Na FLIP de 2004, houve uma palestra do escritor irlandês Colm Tóibín sobre “Ulisses” e a leitura de trechos de minha tradução pelo poeta Antonio Cícero e pela atriz Regina Braga. Depois disso, o editor Roberto Feith entrou em contato comigo para definir a publicação.

- Ulisses foi proibido em alguns países sob acusação de ser obsceno. A senhora acha que a nova tradução poderá realçar esses aspectos que chocaram na época e ficaram escondidos na tradução dura de Houaiss?
Bernardina - Não, não, isso foi uma coisa da época. O que foi considerado quando Joyce publicou Ulisses já não deve chocar mais ninguém.

- E do ponto de vista da forma, a nova tradução poderá apresentar o vigor e causar o impacto da prosa original de Joyce?
Bernardina - Espero que eu tenha conseguido isso.

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14:00

Stephen está discutindo Shakespeare na Biblioteca Nacional. Expõe a todos sua teoria de que Hamlet seria um personagem real, uma alegoria da vida do autor. Malachi Mulligan ridiculariza Stephen e posteriormente Bloom.
Correspondências:
referência homérica - Cila e Caribde
ciência/arte - literatura

Trecho da obra
Stephen Dedalus e sua teoria sobre Hamlet:

-The play begins. A player comes on under the shadow, made up in the
castoff mail of a court buck, a wellset man with a bass voice. It is the
ghost, the king, a king and no king, and the player is Shakespeare who
has studied HAMLET all the years of his life which were not vanity in
order to play the part of the spectre. He speaks the words to Burbage,
the young player who stands before him beyond the rack of cerecloth,
calling him by a name:

HAMLET, I AM THY FATHER'S SPIRIT,

bidding him list. To a son he speaks, the son of his soul, the prince,
young Hamlet and to the son of his body, Hamnet Shakespeare, who has died
in Stratford that his namesake may live for ever.

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Bloomsday Pela Net III

O Bia, o mais famoso blogueiro-sem-blog-agora-com-blog da Internet, presta um grande serviço a todos dando alguns esclarecimentos sobre o Bloomsday, com muito humor é claro! Quanto ao trocadilho do Bloomsday, acredito que existe alguma relação com o exame de próstata que o Bia vai ser obrigado a fazer :)

Leia o texto aqui, é imperdível!

Também o Dante está nos acompanhando e mandando gente pra cá, portanto, sejam todos bem-vindos e não tirem os olhos de Bloom e sua turma, hein?

Pra fechar, uma contribuição especialíssima via lettera:

"Achas minhas palavras obscuras. Escuridade está em nossas almas, não achas?"
James Joyce
em Ulisses. Tradução de Antônio Houaiss. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 61

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13:00

Neste momento Bloom anda por Dublin pensando em Molly. Pouco depois vai entrar num bar para comer.
Correspondências:
cor - vermelho sangue
referência homérica - Os lestrígones
ciência/arte - arquitetura

Trecho da Obra
Davy Byrne, Nosey Flynn e o equívoco sobre o luto de Bloom:

-I know him well to see, Davy Byrne said. Is he in trouble?

-Trouble? Nosey Flynn said. Not that I heard of. Why?

-I noticed he was in mourning.

-Was he? Nosey Flynn said. So he was, faith. I asked him how was all at
home. You're right, by God. So he was.

-I never broach the subject, Davy Byrne said humanely, if I see a
gentleman is in trouble that way. It only brings it up fresh in their
minds.

-It's not the wife anyhow, Nosey Flynn said. I met him the day before
yesterday and he coming out of that Irish farm dairy John Wyse Nolan's
wife has in Henry street with a jar of cream in his hand taking it home
to his better half. She's well nourished, I tell you. Plovers on toast.

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12:00

Bloom agora está na redação do jornal onde trabalha. Stephen aparece. Stephen vai a um bar, enquanto Bloom vai até a Biblioteca Nacional.
Correspondências:
cor - vermelho
referência homérica - Éolo
ciência/arte - retórica

Trecho do Livro
O diretor do jornal:

MEMORABLE BATTLES RECALLED


-North Cork militia! the editor cried, striding to the mantelpiece. We
won every time! North Cork and Spanish officers!

-Where was that, Myles? Ned Lambert asked with a reflective glance at
his toecaps.

-In Ohio! the editor shouted.

-So it was, begad, Ned Lambert agreed.

Passing out he whispered to J. J. O'Molloy:

-Incipient jigs. Sad case.

-Ohio! the editor crowed in high treble from his uplifted scarlet face.
My Ohio!

-A perfect cretic! the professor said. Long, short and long.

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Bloomsday pela Net II

Muita gente chegando por aqui via Pedro Dória. Fiquem bem à vontade e usem a caixa de comentários para falar de cada evento interessante da obra. O Rafael Lima informa que mais tarde estará presente na Livraria da Travessa de Ipanema, onde neste ano teremos a leitura de "Ulisses" em diversos idiomas, além do tão esperado lançamento da nova tradução da obra. Quem também está dando as caras por aqui é o Marcinho. E ainda por e-mail, o Roberson, do Incontinentia Verbalis, manda o recado:
"Parabéns pela iniciativa.

Não li Ulisses. Fui intimidado pela história de livro difícil, inexpugnável, etc. Talvez hoje esteja pronto para o desafio(?!)

Segundo um amigo ler uma tradução de Ulisses para o português é como imaginar Grande Sertão de Guimarães Rosa vertido para o inglês. Faz algum sentido?

Grande abraço e happy bloomsday.
"

Feliz Bloomsday a todos!!!

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11:00

Bloom agora está no enterro de Paddy Dignam. Reflete e conversa sobre a morte com seus amigos.
Correspondências:
cor - preto e branco
referência homérica - Hades
ciência/arte - ocultismo

Trecho da obra
Corny Kelleher e Bloom:

-Sad occasions, Mr Kernan began politely.

Mr Bloom closed his eyes and sadly twice bowed his head.

-The others are putting on their hats, Mr Kernan said. I suppose we can
do so too. We are the last. This cemetery is a treacherous place.

They covered their heads.

-The reverend gentleman read the service too quickly, don't you think?
Mr Kernan said with reproof.

Mr Bloom nodded gravely looking in the quick bloodshot eyes. Secret
eyes, secretsearching. Mason, I think: not sure. Beside him again. We are
the last. In the same boat. Hope he'll say something else.

Mr Kernan added:

-The service of the Irish church used in Mount Jerome is simpler, more
impressive I must say.

Mr Bloom gave prudent assent. The language of course was another thing.

Mr Kernan said with solemnity:

-I AM THE RESURRECTION AND THE LIFE. That touches a man's inmost heart.

-It does, Mr Bloom said.

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10:00

Stephen está andando pela praia, refletindo sobre diversos assuntos.
Correspondências:
cor - verde
referência homérica - Proteu
ciência/arte - Filologia, Filosofia

Trecho da obra
Stephen Dedalus reflete sobre a morte da mãe:

-Mother dying come home father.

The aunt thinks you killed your mother. That's why she won't.


THEN HERE'S A HEALTH TO MULLIGAN'S AUNT
AND I'LL TELL YOU THE REASON WHY.
SHE ALWAYS KEPT THINGS DECENT IN
THE HANNIGAN FAMILEYE.

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09:00

Stephen agora vai para a escola, onde dá aulas. Após a aula, ele se dirige até a diretoria, onde Garrett Deasy paga-o por seu trabalho.
Correspondências:
cor - castanho
referência homérica - Nestor
ciência/arte - História

Trecho da Obra
Garrett Deasy e Stephen Dedalus:

He raised his forefinger and beat the air oldly before his voice spoke.

-Mark my words, Mr Dedalus, he said. England is in the hands of the
jews. In all the highest places: her finance, her press. And they are the
signs of a nation's decay. Wherever they gather they eat up the nation's
vital strength. I have seen it coming these years. As sure as we are
standing here the jew merchants are already at their work of destruction.
Old England is dying.

He stepped swiftly off, his eyes coming to blue life as they passed a
broad sunbeam. He faced about and back again.

-Dying, he said again, if not dead by now.

***

Bloom sai de casa. Durante o caminho, passa pela farmácia e compra um sabonete.
Correspondências:
cor - marrom
referência homérica - Comedores de Lótus (lotófagos)
ciência/arte - Química

Trecho da Obra
Bloom e o farmacêutico:

Mr Bloom raised a cake to his nostrils. Sweet lemony wax.

-I'll take this one, he said. That makes three and a penny.

-Yes, sir, the chemist said. You can pay all together, sir, when you
come back.

-Good, Mr Bloom said.

He strolled out of the shop, the newspaper baton under his armpit,
the coolwrappered soap in his left hand.

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Bloomsday Pela Net

O Idelber mandou o recado para todos:
"É no dia 16 de junho que transcorre a história do livro dos livros, o maior romance do século XX, o enlouquecimento feito livro. Joycianos no mundo inteiro comemoram hoje o Bloomsday. Em Sampa a festa é sempre no Finnegan's Pub, infelizmente já sem o joyciano maior, Haroldo de Campos. Em Belo Horizonte a festa está a cargo do Oficcina Multimedia. Na blogosfera, o Odisséia Literária pilota as comemorações. Drink one for Ireland, drink one for Joy(ce) tonight."

A Bibi, do excelente Bibi's Box, escreveu um excelente post sobre o evento, clique aqui e leia.

Por aqui, as comemorações continuam na nossa Dublin virtual. Ismael Grilo mandou o recado:

"Bom, eu não li, nem tenho nada pra falar sobre ele, mas é uma obra que me interessa, então pode contar com minha presença como leitor nesse bloom-blogsday. Idéia muito boa essa Leandro."

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08:00

Começa a odisséia escrita por James Joyce. Stephen Dedalus está na torre Martello discutindo com Malachi Mulligan.
Correspondências:
cor - branco e ouro
referência homérica - Telêmaco
Ciência/arte - Teologia

Trecho da Obra
Malachi Mulligan e Stephen Dedalus:

He turned abruptly his grey searching eyes from the sea to Stephen's
face.

-The aunt thinks you killed your mother, he said. That's why she won't
let me have anything to do with you.

-Someone killed her, Stephen said gloomily.

-You could have knelt down, damn it, Kinch, when your dying mother asked
you, Buck Mulligan said. I'm hyperborean as much as you. But to think of
your mother begging you with her last breath to kneel down and pray for
her. And you refused. There is something sinister in you ...

***

Na casa número 7 da rua Eccles, Leopold Bloom prepara o café da manhã. Bloom come um rim de porco tostado e prepara-se para ir ao enterro de Paddy Dignam.
Correspondências:
cor - laranja
referência homérica - Calipso
Ciência/arte - mitologia

Trecho da Obra
Bloom e o rim:

-There's a smell of burn, she said. Did you leave anything on the fire?

-The kidney! he cried suddenly.

He fitted the book roughly into his inner pocket and, stubbing his toes
against the broken commode, hurried out towards the smell, stepping
hastily down the stairs with a flurried stork's legs. Pungent smoke shot
up in an angry jet from a side of the pan. By prodding a prong of the
fork under the kidney he detached it and turned it turtle on its back.
Only a little burnt. He tossed it off the pan on to a plate and let the
scanty brown gravy trickle over it.

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Bloom-Blogsday, Primeiros comentários

A Beth S começou dizendo pra gente:
"Gosto do final do monólogo de Molly, quando ela se rende totalmente:
"e então eu pedi a ele com os meus olhos para pedir de novo sim e então ele me pediu quereria eu sim dizer sim minha flor da montanha e primeiro eu pus os meus braços em torno dele sim e eu puxei ele pra baixo pra mim para ele poder sentir meus peitos todo perfume sim o coração dele batia como louco e sim eu disse sim eu quero Sims".
Estou aguardando a nova tradução feita pela Bernardina Pinheiro, com certeza será mais coloquial que a de Antonio Houaiss.
"

E o Anderson também manda dizer:
"Estou lendo o Ulisses atualmente. E postei uma parte que gostei muito esses dias no meu blog:

É uma parte em que o personagem principal, Bloom, está andando pelas ruas dublinenses e encontra um casal e escuta sua conversa:

"- Do octópode bicéfalo, uma de cujas cabeças é a cabeça em que os confins do mundo se esqueceram de juntar-se, enquanto a outra fala com sotaque escocês. Os tentáculos..."

(Ulisses, James Joyce, pg 187)

Vamos ver agora o que o senhor Bloom pensa sobre isso:

"(...) Essas gentes literárias etéreas são tôdas. Oníricos, nefelibáticos, simbolísticos. Estetas é o que são. Não me surpreenderia se fôsse aquêle tipo de alimento (legumovonada e fruta) que produz essas como ondas do cérebro as poéticas. Por exemplo um daqueles polícias que tresandam a cozido pela roupa tôda; não se poderia expremer dele um verso de poesia. Nem sabe mesmo o que é poesia. Precisa-se de uma certa veia.

Onírica nefelíbata gaivota
Ondula por sôbre os mares sua derrota "

(Ulisses, James Joyce, pg 188)

É isso, abraço para todos! e um feliz Bloomsday!!!
"

Contribua dando também sua opinião. Feliz Bloomsday a todos!

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Joyce e o dia 16 de junho

"Vários meses depois, o escritor Gilbert Seldes convidou Joyce e sua esposa para irem com ele ao balé para celebrarem o 16 de junho; Joyce contou a Nora do convite enfatizando a data. "Por que nesse dia particular?", perguntou ela. Joyce disse com a ira nascida de muitas ofensas parecidas: "Porque esse é o dia em que se imagina que esse livro tenha acontecido"."

Trecho da biografia "James Joyce", de Richard Ellmann.

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I Bloom-Blogsday

Começa agora o I Bloom-Blogsday, o Bloomsday da Internet.
A partir de agora fiquem à vontade em usar a caixa de comentários para falar de Joyce e sua obra-prima "Ulisses". Para aqueles que preferirem, também estão disponíveis os e-mails leandrooliveira [arrôba] hotmail.com e odisseialiteraria [arrôba] gmail.com. Só não falem muito alto, pois Stephen Dedalus, Leopold e Molly Bloom, além de todos os outros personagens da obra ainda estão dormindo. Vamos acompanhá-los ao longo do dia nesta odisséia em Dublin. Já vou adiantando que às 8:00 hs, Dedalus estará na torre Martello, tranquilamente fazendo sua barba. Sejam bem-vindos. INTROIBO AD ALTARE DEI.

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15 junho 2005

Novo "Ulisses"

O lançamento da nova tradução de "Ulisses" de James Joyce, feita por Bernardina da Silveira Pinheiro, levantou uma velha discussão sobre traduções: como medir o valor de uma tradução?Quase que invariavelmente as notícias publicadas sobre o lançamento, dão a entender que a velha tradução de "Ulisses", feita por Antonio Houaiss, é 'erudita' demais e portanto inadequada. Pessoalmente, vejo o trabalho de Hoauiss como um dos grandes momentos do mercado editorial brasileiro, trabalho este que foi muito apreciado inclusive em Portugal. Como o livro é grande e difícil de traduzir por uma série de fatores, é somente natural que algumas escolhas feitas pelo tradutor sejam criticadas. Um trabalho de tradução é, como todos deveriam saber, somente uma tradução. Portanto, o lançamento da nova tradução de Bernardina, ao contrário do que muitos meios de comunicação deram a entender, não veio consertar nada e também (espero) será criticado por outros. Sobre traduções e seus problemas, leia este texto publicado aqui, logo no começo do blog.

O lançamento ocorrerá dia 16, como parte das comemorações do Bloomsday no Brasil. Por falar em Bloomsday, a partir da meia-noite esta casa irá abrir suas portas a todos que quiserem participar do 1º Bloom-Blogsday, o Bloomsday dos blogs. Todos podem participar, vejam:
1 - Se você não leu a obra, não tem problema, pode comentar se já ouviu falar sobre ela, se pretende ler algum dia e porquê.
2 - Se você já leu e não gostou, pode apresentar suas razões, e também suas impressões negativas sobre a obra. Pode até citar exemplos de trechos que confirmam suas convicções.
3 - Se você leu e gostou, bem aí não precisa nem falar... é só falar!!!

Depois de escrever é só postá-lo aqui (ou no seu blog, mas por favor avise aqui para que possa ser divulgado) na caixa de comentários no dia 16, ou mandar um e-mail para leandrooliveira [arrôba] hotmail.com ou odisseialiteraria [arrôba] gmail.com. INTROIBO AD ALTARE DEI.

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The Troubadours of Brazil's Backlands

Larry Rohter fala da tradição da literatura de cordel no NY Times:

Educated Brazilians originally looked down on cordel and the rough woodcut covers associated with it as something vulgar and déclassé, a symbol of the country's backwardness. But today, intellectuals in São Paulo and Rio de Janeiro are collectors or admirers of the pamphlets, and the aesthetics of cordel can be detected in nearly every corner of Brazilian popular culture.

"The cordel poets will all say that the interest in their work has grown mostly because of foreigners," Dr. Curran said. "But I think Brazil has reached a time of change in which there is more of an awareness of and hunger for seeking the country's cultural roots, and cordel is a major part of Brazilian culture in the 20th century."

In pop music, for instance, cutting-edge composers much admired outside Brazil have drawn on cordel in songs like Tom Zé's "The Arrival of Raul Seixas and Lampião at the I.M.F." and Chico Science's "Isaac Asimov and Santos Dumont's Meeting in Heaven." In literature, Jorge Amado's novel "Tereza Batista: Home from the Wars" and Ariano Suassuna's play "The History of the Headless King Who Wandered the Wilds of the Backlands" are heavily influenced by cordel in subject and form.


Leia matéria completa aqui.

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Nélida Piñon ganha o prêmio Príncipe de Astúrias de Letras

O júri valorizou na autora "de uma instigante obra narrativa" sua capacidade para traduzir no ãmbito universal a complexa realidade íbero-americana com uma prosa rica em registros.

Nélida disputou o prêmio com os americanos Paul Auster e Philip Roth e com o israelense Amos Oz.

Notícia do jornal "O Globo" e também no "Estadão"

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10 junho 2005

Para que Falar Mal de Um Clássico?

Verdade seja dita: por aqui é difícil falar mal dos clássicos. Por estarem presentes desde muito tempo e arrebanharem milhares de leitores a cada dia, quando alguém resolve falar mal de algum livro eleito clássico do cânone literário, logo a pessoa é rotulada ignorante. Existem aqueles que nos chamam de ignorantes através de eufemismos do tipo 'você talvez ache que a obra é assim porque ao ler não viu este ou aquele aspecto da obra', ou também o comentário 'dependendo do momento que lemos esse livro, realmente não percebemos o quanto ele é bom'. Tais comentários sugerem que a opinião de quem fala, e não a sua, é que está certa, afinal o livro não é um clássico? O pior é quando temos que ouvir, para corroborar nossa infinita ignorância, citações de críticos literários ou jornalistas.

Claro que nem sempre apanhamos um livro considerado clássico, lemos e pronto, percebemos porque ele é realmente um clássico. Muitas vezes, depende de observarmos pontos de vista diferentes do nosso. Assim, após pesquisarmos e levarmos em conta opiniões diferentes, de fato chegamos a conclusão de que a obra merece todo louvor que lhe é dado. No entanto, nada garante que após contrapormos outros pontos de vista, nossa opinião mudará. Por isso, para aqueles que simplesmente imaginam que o desprezo a uma obra clássica se deve apenas à ignorância, digo aqui com todas as letras que é perfeitamente possível alguém com um bom nível de conhecimento de uma obra considerada um clássico afirmar que aquela obra não lhe agrada. Embora dizer isso seja algo tão revelador como afirmar que a água é molhada, muitos simplesmente não se dão conta de quão comum isto pode ser. Daí as justificativas comuns que lemos de que o livro não agrada a todos porque é um livro 'muito difícil' - que nas entrelinhas significa dizer que ao assumir que você não gostou de uma obra, você está automaticamente assumindo também que não tem capacidade de entender o tal livro 'muito difícil' -, ou que a obra é atualmente pouco apreciada porque no mundo de hoje muitos perderam a capacidade de apreciar certos detalhes - detalhes estes que deveriam ser evidentes independente das condições do mundo.

Claro que com isso não quero iniciar uma campanha 'Critique um Clássico Você Também', mas sim destacar que é preciso debater a relevância de certas obras, evitando assim os comentários que dão a entender que a obra é clássico indiscutível, não importando o que possamos pensar dela. Obviamente não é o caso de ouvir cada um que diz 'não gostar por não gostar', mas sim o 'não gostar' com uma opinião formada com base em informações recebidas. Destes debates, muitas vezes surgem novas questões e freqüentemente somos levados a reorganizar as idéias que temos a respeito de obras aparentemente inatacáveis. Pode ser que às vezes sejamos obrigados a admitir que apesar de quaisquer pontos negativos, ainda assim gostamos da obra. Ou pode ser que até, num caso extremo, cheguemos a conclusão que numa segunda leitura, não consigamos mais ver tudo aquilo que vimos de início. O fato é que sempre faremos muito bem em dar uma chance para que o clássico mor de nossas convicções seja meticulosamente esculhambado por uma crítica inteligente e fundamentada. Mais que um exercício dialético, este é um modo de desenvolvermo-nos como leitores cada vez mais atentos e exigentes.

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09 junho 2005

Bloom-Blogsday


Falta uma semana.
E você, vai ficar de fora? Clique aqui e saiba como participar do primeiro Bloomsday de blogs!

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Dumas, Quem Diria...

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08 junho 2005

O Prêmio Nobel de Literatura é Justo? Parte IV - Afinal, a Que Conclusão Chegamos?

Para ler os posts anteriores clique nos seguintes links: Parte I, Parte II, Parte III.

Analisando as escolhas já feitas, percebemos que apesar de alguns comentários corretos, muitos estão distorcidos ou não tem qualquer fundamento. Por exemplo, dizem que é mais fácil ganhar um Nobel quem escreve em línguas como inglês, francês ou alemão. Embora isso seja evidente, as pessoas dizem isso como se fosse algo extremamente negativo, quando é apenas um reflexo do mundo em que vivemos. Obras em tais idiomas simplesmente se disseminam mais rápido em países mais influentes e, portanto, têm o poder de causar muito mais impacto do que numa língua menos falada como o português, por exemplo. Conclui-se, portanto, que o idioma é algo que pode aproximar ou distanciar o escritor do prêmio e isto não é necessariamente justo ou injusto, é apenas uma conseqüência. Como exemplo freqüentemente citado de escritores 'injustiçados' pela Academia Sueca, boa parte dos brasileiros citam Guimarães Rosa. Certamente, ele escreveu obras revolucionárias para a literatura brasileira, mas convenhamos: se até para os portugueses a linguagem do brasileiro muitas vezes não é bem compreendida, como esperar que leitores de outros idiomas percebam o que percebemos? Compare, porém, a suposta escolha de Guimarães Rosa com os escritores selecionados na época de valorização dos pioneiros, ou seja, quando o secretário Anders Österling dirigiu a escolha dos prêmios. A comparação parece ser apropriada porque as principais obras de Guimarães Rosa foram lançadas no mesmo período ("Sagarana" em 1946, "Corpo de Baile" e "Grande Sertão: Veredas" em 1956). O que percebemos é que mesmo para um leitor monoglota, que lê e entende apenas o português por exemplo, é possível perceber a evolução literária através das principais obras de Hermann Hesse (premiado em 1946), T. S. Eliot (premiado em 1948) e William Faulkner (premiado em 1949), ou Boris Pasternak (premiado em 1958), John Steinbeck (premiado em 1962) e Samuel Beckett (premiado em 1969). Há uma perda grande na tradução de obras destes autores, mas ainda assim, para nós, tais escolhas fazem sentido - embora possamos até não concordar com tais escolhas. Não sei se é possível dizer o mesmo ao apanhar uma tradução de alguma obra de Guimarães Rosa. Na conclusão deste ponto, podemos verificar uma preocupação cada vez maior da Academia em minimizar esta limitação imposta e, no mundo cada vez mais integrado que vivemos, é de se esperar que de fato a questão do idioma tenha cada vez menos influência para a escolha do escritor.

Outro ponto bastante citado (inclusive por Otto Maria Carpeaux, num ensaio sobre Borges) é que a influência política na escolha é muito grande, razão pela qual alguns escritores foram desprezados. É evidente que isto ocorre, mas não do modo como muitos imaginam. Em primeiro lugar, pela estrutura criada, é impossível acreditar que a Academia simplesmente ignora o resto do mundo, olha para o próprio umbigo e faz uma escolha direcionada para favorecer (ou não favorecer) politicamente algum país. Além do convite para que especialistas do mundo inteiro proponham nomes, ocorrem debates entre os membros antes de qualquer escolha. Também, muitos sobrevalorizam a repercussão política de uma escolha para o prêmio, que convenhamos, é bastante limitada. No entanto, casos que evidentemente trariam problemas para a Academia, foram julgados levando em conta aspectos políticos. Por isso as escolhas no período da Primeira Guerra Mundial foram direcionadas para escandinavos e por isso também que Ezra Pound (que quase foi enforcado por apoiar e colaborar com o regime fascista) foi rejeitado. Dizer portanto que Borges não foi escolhido ou que Sartre foi escolhido simplesmente por aspectos políticos, é deixar de levar em conta uma série de outros aspectos, um ponto de vista, a meu ver, bastante reducionista.

Por fim, é evidente que num período de mais de cem anos, a escolha de muitos escritores poderia ser questionada, mas fazendo as contas, digo que a balança pesa mais para o lado positivo. Grandes escritores foram 'achados' e suas obras se tornaram mais destacadas e acessadas pelo público, deveras um grande mérito para um prêmio cujo objetivo é beneficiar àqueles que mais contribuíram para a evolução da literatura. Se algumas incoerências ocorreram ou algumas exclusões com o tempo se tornaram óbvias, é porque evidentemente nenhum processo, por mais rigoroso que seja, é infalível. E dos prêmios literários que são dados, parece-me que é o da Academia o que mais consegue ampliar nossa visão de o que é boa literatura.

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Cultura Pop Emburrece?

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E A Novela Continua

Europa se une contra biblioteca do Google

O presidente da biblioteca nacional francesa, Jean-Noel Jeanneney, teria descrito o Google Print como “a confirmação do risco da dominação americana na definição de como as futuras gerações conceberão o mundo”.

'Dominação americana'??? O que será que este povo anda bebendo???

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06 junho 2005

Proibição aumenta as vendas de livro de Fernando Morais

"Na Saraiva e na Siciliano, as vendas dobraram depois da proibição. Dos cerca de 30.000 exemplares distribuídos, só 14.000 foram retomados pela editora Planeta, que alega dificuldades operacionais para a retirada. A Justiça diz que não é de sua competência verificar o recolhimento."

Como era de se esperar, a proibição da justiça fez muito bem ao livro. Leia mais aqui.

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03 junho 2005

Notícia Velha, Mas Vou Divulgar

O Persegonha, um grande leitor de boas obras, anda escrevendo bons textos (inclusive sérios!) sobre livros para o Jornal do Brasil. Quem ainda não leu o texto dele sobre "Palmeiras, um caso de amor", de Mario Prata, clica aqui logo. Ele tá mandando bem.

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Ismail Kadaré recebe o Man Booker Prize

"O prêmio literário, no valor de US$ 93 mil, é uma nova versão do Booker Prize, o mais respeitado no Reino Unido e uma das premiações mais importantes do mundo."

Leia mais aqui.

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02 junho 2005

Proposta para um Bloom-Blogsday

Quero fazer uma proposta a vocês leitores e para participar você não precisará fazer quase nada, somente o que gosta. O convite é para no dia 16 de junho fazermos um Bloom-Blogsday juntos. O Bloomsday é uma data festiva, que o mundo inteiro comemora, dedicada ao escritor irlandês James Joyce, cuja obra literária revolucionou a Literatura moderna. A data refere-se ao dia em que Joyce teve um encontro especial com sua futura mulher, Nora Barnacle. Esta data, em 1904, norteou “Ulisses”, protagonizado pelo personagem Leopold Bloom, do qual se extraiu o nome do evento, o Bloomsday. Pois bem, no dia 16 postarei trechos de Ulisses e links com informações sobre o autor e sua obra. Quem quiser é só procurar o seu trecho favorito, ou um link, ou o que quiser sobre a obra, abrir a caixa de comentários e postá-lo. Se não puderem acessar a net no dia não tem problema: mande-me um mail (leandrooliveira [arrôba] hotmail.com ou odisseialiteraria [arrôba] gmail.com) que no dia eu publicarei aqui no site. Mandem (se você sabe que vai esquecer mande agora!!!) que eu publico – não esqueçam de dizer nome e blog, se houver. INTROIBO AD ALTARE DEI.

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01 junho 2005

Flip Democrática

"Quanto mais democrática for a Flip, melhor."

Os ingressos, que custam R$ 17 para cada sessão.

Mais democrática, só se fosse na Costa do Sauípe, com o ingresso vendido em dólar.
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